
Às vésperas da COP 30 – evento que colocará Belém no centro das atenções do mundo e discutirá temas urgentes como sustentabilidade e crise climática -, a cidade vem passando por grandes transformações no que diz respeito ao manejo e à gestão de resíduos sólidos. A Ciclus Amazônia, empresa do grupo Ciclus Ambiental, pertencente ao Grupo Simpar, estabeleceu, em poucos meses, uma operação marcada por resultados concretos e projetos sustentáveis na capital paraense.
Com um contrato de concessão de 30 anos para a gestão integrada dos resíduos sólidos urbanos de Belém, a empresa iniciou suas operações em abril de 2024 e, desde então, vem otimizando e aprimorando o processo de coleta domiciliar e de entulhos (resíduos inertes), por meio da modernização da frota, que hoje conta com rastreamento em tempo real, e da redução de mais de 60% dos pontos de descarte irregular. Neste curto período, mais de 700 mil toneladas de resíduos foram retiradas das ruas e destinadas de forma ambientalmente adequada.
Durante muitos anos, a conhecida “crise do lixo” escancarou problemas sociais como a ausência de políticas de coleta regular, dificuldades logísticas, crescimento urbano desordenado e falta de educação ambiental. Após décadas de impasses na gestão de resíduos, os resultados positivos da Ciclus Amazônia representam um momento de virada para a cidade.
“Em pouco mais de um ano, conseguimos avançar significativamente na organização da limpeza urbana de Belém, com resultados que vão além dos números. Estamos falando de mais dignidade para quem vive aqui, de mais saúde pública e de uma relação mais responsável da cidade com seus resíduos”, explica Bruno Muehlbauer, diretor-presidente de Resíduos da Ciclus Amazônia. “Nosso objetivo é ter uma Belém mais limpa, com gestão eficiente e sustentável dos resíduos, e estamos trabalhando diariamente para isso”, acrescenta.
Atualmente, o trabalho da empresa abrange a coleta de resíduos domiciliares, coleta seletiva em parceria com cooperativas de catadores, varrição manual e mecanizada, capinação, raspagem e roçagem, além da limpeza de praias, feiras, pontos de ônibus e ações de educação ambiental. Em seu último balanço, a Ciclus Amazônia revelou os principais indicadores de desempenho alcançados no período: 132 mil km de vias varridas, 10,9 mil km de vias capinadas, 6 milhões de m² roçados, 144 pontos de descarte irregular eliminados, instalação de um Ecoponto e de 22 Locais de Entrega Voluntária (LEVs).
Educação ambiental e inclusão social
Com um olhar ampliado sobre sustentabilidade, a atuação da Ciclus também se realiza por meio de programas educativos e ações de relacionamento com comunidades, como catadores de recicláveis, população e os próprios colaboradores. Um exemplo foi a realização de ações de verão nos balneários: Mosqueiro, Icoaraci, Outeiro e ilha de Cotijuba. Durante o mês de julho, banhistas, moradores locais, turistas e comerciantes receberam orientações sobre o descarte correto de resíduos, a importância da preservação dos espaços naturais e a separação adequada do lixo.
Outro projeto de destaque é a Escola Ciclus, que busca qualificar os colaboradores dos serviços de limpeza urbana da capital paraense, incentivando-os ao aprendizado de Matemática, Português e habilidades socioemocionais. Quando assumiu o contrato de concessão, a empresa identificou que 40% dos trabalhadores precisavam avançar no nível de escolaridade. Paralelamente, a coleta seletiva e a inclusão de catadores no processo de gestão contribuem ao grande potencial de transformação do futuro da cidade. Com o apoio das cooperativas, mais de 200 toneladas de resíduos recicláveis são reaproveitadas todos os meses.
Perspectivas para o futuro
Com a proximidade da COP 30, a Ciclus Amazônia entende que é essencial posicionar Belém como referência em sustentabilidade urbana e gestão inteligente de resíduos sólidos. Inspirada em um dos maiores aterros bioenergéticos da América Latina — o Centro de Tratamento de Resíduos (CTR) em Seropédica, no Rio de Janeiro —, a empresa pretende aplicar modelo semelhante no Pará, com foco na redução dos impactos ambientais.
Neste contexto, a empresa já solicitou autorização para implantar uma nova Central de Tratamento e Valorização Ambiental de Resíduos no município do Acará. Com base no modelo da Ciclus Rio, a nova CTR Belém representará um novo marco para sustentabilidade na região metropolitana de Belém.
“Sabemos que Belém tem particularidades desafiadoras, como áreas de difícil acesso e problemas antigos de descarte irregular. Mas com planejamento, tecnologia e transparência, estamos conseguindo superar essas barreiras e trazer mudanças concretas”, ressalta o diretor-presidente de Resíduos. “O que estamos construindo aqui hoje é um legado que ficará para a cidade”, finaliza.
À medida que Belém se prepara para receber líderes mundiais e discutir soluções globais para a crise climática, a experiência local da Ciclus Amazônia mostra que é possível promover avanços reais na gestão de resíduos, mesmo diante de desafios históricos. Mais do que um legado ambiental, essa mudança representa um novo capítulo para a cidade e reforça o papel estratégico da Amazônia nas soluções ao futuro do planeta.
Sobre a Ciclus Amazônia
A Ciclus Amazônia, empresa da Ciclus Ambiental, pertencente ao Grupo Simpar, é responsável pela gestão integrada dos resíduos sólidos urbanos de Belém (PA). Realiza a coleta, varrição, destinação ambientalmente correta, implantação de ecopontos e locais de entrega voluntária, a recuperação do Aurá, a inserção sustentável de catadores, a implantação de estação de transferência de resíduos (ETR) e a implantação de uma nova central de tratamento e valorização ambiental de resíduos (CTR). A concessão terá duração de 30 anos e receberá investimento da ordem de R$ 900 milhões. Na prestação dos serviços, 2.500 colaboradores têm atuado com o suporte de 290 equipamentos dedicados a todos os serviços, os quais foram disponibilizados desde o primeiro dia do contrato.