
Radialista preso confessa que matou jovem de 22 anos depois encontro amoroso
O homem preso nesta segunda-feira (11) por suspeita de matar Karina Cristina Queiroz, de 22 anos, em Ribeirão Preto (SP), confessou o crime à Polícia Civil e alegou que agiu após se recusar a pagar por um encontro marcado por aplicativo de relacionamento.
Karina foi encontrada morta dentro da residência dela, no Jardim Cristo Redentor, no dia 1º de agosto (veja abaixo detalhes).
O suspeito é o radialista Rodrigo César Mucci, mais conhecido como Rodrigo Totti, de 48 anos. À polícia, informalmente, ele disse que atirou na vítima após ela ameaçar contar sobre o encontro para esposa dele.
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“Informalmente, ele conta que marcou um encontro com ela, mas que não compareceu, na sexta-feira de manhã. À tarde, ela começou a ameaçá-lo porque ele não foi, que se ele não pagasse o valor desse encontro, [ela] contaria para a esposa dele. Ele disse que se sentiu acuado, foi até lá na intenção de dissuadi-la a contar para esposa e que, em determinado momento, ele sacou a arma que tinha na mochila e disparou na cabeça”, diz o delegado Targino Osório.
A versão, no entanto, é contestada por familiares de Karina, que negam que a vítima realizava programas sexuais.
“Ele vai contar a versão que vai favorecer ele, porque eu não acredito. Ele entra na casa, faz o que faz e ainda tem tempo de matar ela? É meio contraditório. Que ele pague pelo crime que ele cometeu”, cita Júlia Queiroz, irmã de Karina.
A reportagem não conseguiu localizar a defesa de Rodrigo.
Rodrigo Totti é suspeito de matar Karina Queiroz em Ribeirão Preto
Arquivo pessoal
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Carro usado como pista para polícia
De acordo com Osório, depois de depoimentos e análises de câmera de segurança, a polícia identificou um carro que esteve na casa de Karina no dia da morte.
Nessas gravações, foi constatado que o veículo transitou inicialmente com placas adulteradas e depois, em curto espaço de tempo, com as placas originais, o que possibilitou aos investigadores chegarem ao endereço de Rodrigo.
“Esse veículo passou em um determinado local com essa placa [adulterada] e, logo em seguida, segundos depois, passa nas proximidades com a placa original. A partir da placa original, levantamos que [o carro] é de propriedade de uma mulher. Verificamos através de pesquisas que essa mulher era amaziada com o determinado sujeito.”
Na residência, além do carro, a arma usada no crime e um simulacro também foram localizados e apreendidos.
O homem ainda indicou um bueiro, no bairro Cristo Redentor, onde havia descartado o celular e um molho de chaves da vítima. Os objetos também foram encontrados e apreendidos.
Inicialmente, a polícia investiga o caso como latrocínio, que é o roubo seguido de morte.
Celular e chaves de Karina Queiroz estavam em bueiro em Ribeirão Preto
Polícia Civil
Como Karina foi encontrada
O corpo de Karina foi achado pela amiga com quem ela dividia a casa, no bairro Cristo Redentor. A vítima estava caída no quarto, ao lado da cama, com dois ferimentos no rosto.
À polícia, a amiga disse que Karina tinha marcado um encontro por um aplicativo de namoro, e o homem teria chegado à residência por volta das 16h50.
No cômodo, além de grande quantidade de sangue, havia cabelos sobre a cama, indicando que pode ter ocorrido uma luta corporal entre o agressor e a vítima, segundo a polícia.
De acordo com o boletim de ocorrência, os ferimentos em Karina são compatíveis com disparos de arma de caça, como espingarda ou garrucha. Fragmentos de munição foram encontrados no local e recolhidos pela perícia.
Karina Cristina Queiroz foi achada morta aos 22 anos em Ribeirão Preto, SP
Reprodução/Facebook
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