O presidente da China, Xi Jinping, afirmou que Pequim está pronta para trabalhar lado a lado com o Brasil para construir um mundo mais justo, sustentável e equilibrado. A declaração foi feita durante conversa telefônica com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na terça-feira, e marca um novo capítulo na relação bilateral, considerada por Xi como a melhor da história.
Parceria histórica e objetivos comuns
O líder chinês destacou que os dois países avançam de forma consistente no alinhamento de estratégias de desenvolvimento e na construção de uma comunidade sino-brasileira de futuro compartilhado. Entre as prioridades, estão fortalecer a coordenação de políticas, ampliar a cooperação e garantir resultados concretos e mutuamente benéficos.
Xi Jinping também reafirmou o apoio da China à soberania brasileira e defendeu a unidade das nações do hemisfério sul para enfrentar o unilateralismo e o protecionismo. O presidente parabenizou o Brasil pelo sucesso na recente cúpula do BRICS e pediu que os países do bloco defendam, em conjunto, a equidade e a justiça no sistema internacional.
Clima, comércio e geopolítica
A cooperação sino-brasileira também deve ganhar destaque em temas globais, como a próxima Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, que será realizada em Brasília. Xi e Lula discutiram ainda o papel do grupo dos amigos da paz na busca por uma solução política para a guerra na Ucrânia.
Lula, por sua vez, reafirmou o compromisso do Brasil em aprofundar o alinhamento estratégico com a China, expandir a cooperação em áreas-chave e defender o multilateralismo. O presidente brasileiro elogiou a postura chinesa na defesa das regras de livre comércio e ressaltou que seguirá trabalhando junto a Pequim em fóruns internacionais, como o BRICS e o G20.
Contexto político e econômico
A conversa ocorreu dias após Lula sugerir que os países do BRICS discutam uma resposta conjunta às ameaças tarifárias feitas por Donald Trump, que acusou o bloco de ser “antiamericano”. Para ambos os líderes, a parceria China-Brasil assume papel global, com impacto direto no comércio, na diplomacia e na construção de um novo modelo de cooperação entre nações em desenvolvimento.
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