Caso Hytalo Santos: mais detalhes polêmicos e denúncias vêm à tona

Novos detalhes do caso envolvendo o influenciador Hytalo Santos, que foi denunciado por suposta “adultização” e exploração de menores em seus conteúdos online, vieram à tona na noite dessa terça-feira, 12. Isso porque o Jornal Nacional e o Jornal da Globo, da TV Globo, apresentaram atualizações sobre as investigações.A promotora de Justiça Ana Maria França detalhou o conteúdo das queixas feitas por vizinhos sobre eventos realizados pelo influenciador. “Por exemplo, até tarde da noite muito eventos noturnos atrapalhando o sossego dos condôminos, transitar dentro do condomínio com adolescentes fazendo topless na moto para exibir tatuagem nas costas”, relatou.“Nós começamos a receber e coletar vídeos nos quais as crianças e adolescentes participaram de danças, de festas com veículos com consumo de bebidas alcoólica e conversas impróprias”, complementou.A Justiça da Paraíba determinou, ainda na terça-feira, a suspensão de todas as redes sociais de Hytalo. Desde o ano passado, ele é investigado pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) por exploração de crianças e adolescentes. As apurações começaram a partir das denúncias feitas pelos vizinhos.Diante da repercussão do assunto, parlamentares manifestaram preocupação para que o tema resulte na criação de uma lei e não seja apenas pauta momentânea. Apenas em 2024, a Polícia Federal prendeu 193 pessoas em flagrante por armazenar conteúdo de abuso sexual de menores. No total, foram registradas 368 prisões relacionadas ao crime neste ano.

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Acusações contra Hytalo SantosHytalo Santos está sob investigação do Ministério Público da Paraíba (MPPB) por suposta “adultização” e exploração de menores em seus conteúdos online.Como tudo começouIniciada em 2024 após denúncias via Disque 100, a apuração busca verificar se os vídeos ferem o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) ao expor jovens a situações com teor possivelmente sexualizado.Imagens de adolescentes, como a jovem Kamylla Santos, de 17 anos, estão sendo analisadas nas investigações para identificar se elas são exploradas de forma sensual. Segundo o promotor João Arlindo Corrêa, o processo inclui a escuta dos adolescentes e de seus responsáveis para avaliar o caso, que tramita em sigilo.Hytalo Santos se pronunciaHytalo Santos se manifestou sobre as acusações. Em sua defesa, o influenciador negou as acusações e afirmou que sempre colabora com o Ministério Público. Segundo ele, as mães das adolescentes acompanham as gravações e consentem com a participação das jovens.O que diz a lei?Mesmo não sendo um crime específico na legislação brasileira, a “adultização” é uma prática combatida pelo ECA, que garante a proteção integral da criança e do adolescente.No Brasil, a legislação reconhece sua “condição peculiar de pessoa em desenvolvimento” e proíbe qualquer forma de negligência, exploração, violência ou submissão a constrangimento.Como Felca entrou na história?Youtuber e humorista, Felca lançou, na última quarta-feira, 6, um vídeo denunciando a exploração de menores na produção de conteúdo online. Hytalo Santos, que teve a conta no Instagram desativada na última sexta-feira, 8, foi citado em uma das acusações.O humorista citou Hytalo Santos como alguém que cria e reproduz conteúdos que envolvem menores de idade diante das câmeras.Quem é Felca?Felca, nome artístico de Felipe Bressanim Pereira, 27 anos, é natural de Londrina (PR) e começou na internet em 2012 como streamer. Conhecido por vídeos de humor, ele já viralizou ao testar produtos de influenciadores e criticar formatos populares do TikTok. O influenciador já falou publicamente que teve depressão e que possui diagnóstico de transtorno de ansiedade social.Felca furou a bolha em maio de 2023, quando testou a base da influenciadora Virginia Fonseca. O vídeo cômico alcançou 19,5 milhões de visualizações. No mesmo ano, Felca também viralizou com vídeos criticando e ridicularizando um estilo de livestream do TikTok chamado de “lives de NPC”.Como denunciar exploração infantilO youtuber reforçou que qualquer suspeita deve ser denunciada ao Disque 100, à Polícia Federal ou ao Ministério Público. Além disso, destacou que compartilhar provas com responsabilidade e apoiar organizações de proteção infantil são formas eficazes de combater o problema.Doações para instituições sérias ajudam a financiar ações de resgate e suporte às vítimas, fortalecendo a luta contra a exploração infantil.

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