O Banco do Brasil apresentou lucro líquido ajustado de R$ 3,8 bilhões no segundo trimestre de 2025, uma queda de cerca de 60% em relação ao mesmo período do ano anterior. O retorno sobre patrimônio líquido (ROE) recuou para 8%, evidenciando a pressão sobre a rentabilidade. A instituição anunciou redução do payout de 40%–45% para 30%, o que implica menor distribuição de dividendos aos acionistas. Nenhum novo provento foi divulgado junto ao balanço.
Revisão do guidance para 2025
A projeção de lucro líquido ajustado para o ano caiu para R$ 21–25 bilhões, contra a expectativa anterior de R$ 37–41 bilhões. O custo de crédito projetado subiu para R$ 53–56 bilhões, enquanto a margem financeira bruta estimada foi fixada entre R$ 102–105 bilhões. O crescimento da carteira de crédito foi revisado para 3%–6%, ante previsão anterior de 5,5%–9,5%.
Indicadores financeiros do 2T25
Indicador | 2T25 | Variação anual | Observações |
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Lucro líquido ajustado | R$ 3,8 bi | -60% | Abaixo das estimativas |
ROE | 8% | – | Forte queda na rentabilidade |
Payout (projeção) | 30% | ↓ | Redução de dividendos |
Guidance lucro 2025 | R$ 21–25 bi | ↓ | Revisão significativa |
Custo de crédito | R$ 15 bi | +114% | Pressionado por inadimplência |
Margem financeira bruta | R$ 25 bi | – | 2T25 |
Principais fatores de pressão
O resultado foi impactado pelo aumento da inadimplência nas carteiras de pessoa jurídica e agronegócio, o que elevou significativamente o custo de crédito. A provisão para perdas subiu em todos os segmentos, com destaque para o agro, que avançou de R$ 5,1 bilhões para R$ 7,8 bilhões na comparação anual. Esse cenário levou o banco a adotar postura mais conservadora na concessão de crédito, especialmente ao setor agrícola.
No curto prazo, a expectativa é de manutenção da pressão sobre as ações, devido ao lucro mais baixo, menor payout e projeções conservadoras. Uma eventual melhora dependerá da redução da inadimplência, estabilização das despesas e entrega das metas operacionais revisadas.
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