A Justiça de Minas Gerais autorizou a quebra de sigilo telefônico de Renê da Silva Nogueira Júnior, empresário acusado de matar o gari Laudemir de Souza Fernandes com um tiro em Belo Horizonte. Na decisão, publicada nesta quinta-feira (14) pela da 1º Vara Criminal da Comarca de Belo Horizonte, também fica determinado que a empresa BYD revele à investigação informações sobre o trajeto percorrido pelo acusado no dia do crime.
A determinação atende a pedido da Polícia Civil, que deve usar as informações no inquérito que visa elucidar o caso.
“Defiro a quebra de a quebra de dados junto à empresa BYD do Brasil e à operadora Claro as informações oriundas do sistema de rastreamento referentes ao dia 11 de agosto de 2025, no período compreendido entre 07h00 e 16h00, incluindo as rotas percorridas, comandos de voz, velocidade empreendida, registros de chamadas e demais dados telemáticos constantes no sistema”, diz trecho do documento.
Na decisão, o tribunal afirma que “o acesso ao registro dos dados telemáticos se faz realmente necessário para a apuração dos delitos”. Com isso, as autoridades policiais poderão acessar o conteúdo de mensagens trocadas por Renê no WhatsApp, e-mail, Messenger e demais aplicativos que existam no aparelho celular.
Agora, as empresas têm cinco dias para atender à resolução.
Morte de gari
O empresário Renê Junior, de 47 anos, suspeito de matar o gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos, teve a prisão em flagrante convertida em preventiva pela Justiça de Minas Gerais, após audiência de custódia na manhã dea última quarta-feira (13). Ele foi atuado por homicídio duplamente qualificado e ameaça.
Laudemir foi assassinado com um tiro no abdômen, enquanto trabalhava no bairro Vista Alegre, região Oeste de Belo Horizonte, nessa segunda-feira (11). Ele chegou a ser socorrido e levado para o Hospital Santa Rita, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
De acordo com a ocorrência policial, o crime ocorreu durante uma briga de trânsito, na rua Modestina de Souza, no bairro Vista Alegre, região Oeste da capital, na manhã dessa segunda-feira (11). Conforme testemunhas, um caminhão de lixo estava parado na rua, durante a coleta de resíduos, quando o empresário Renê Junior exigiu para que fosse liberado espaço na via para passar com o veículo que dirigia, um BYD cinza.
Irritado, ele ameaçou a motorista do caminhão com uma arma. Os garis tentaram intervir e pediram que ele se acalmasse. Foi nesse momento que ele saiu do veículo e disparou contra os funcionários, acertando Laudemir. “E aí ele entrou dentro do carro e foi embora. Não prestou socorro, nem olhou para trás, ele seguiu o caminho dele”, relatou ao BHAZ a motorista do caminhão, Eledias Aparecida.
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