Rio Innovation Week: conferência global de tecnologia e inovação
Com o fim da edição de 2025 do Rio Innovation Week (RIW), os organizadores anunciaram novidades para o próximo ano. Em 2026, o Rio não será a única sede do maior evento global de tecnologia e inovação. São Paulo também terá sua versão, o São Paulo Innovation Week.
Além de confirmar os dois eventos de inovação para o próximo ano, os organizadores também disseram que a próxima edição do Rio Innovation Week não ficará restrito aos palcos do Pier Mauá. A ideia é ter outros pontos da cidade recebendo atividades do evento.
O evento do Rio foi confirmado para o período de 4 a 7 de agosto, também no Pier Mauá.
“O Pier Mauá nos recebe generosamente, mas para o próximo ano a gente não ficará aqui no Pier Mauá apenas. A gente vai ocupar a cidade do Rio de Janeiro e muitos outros pontos a cidade. Vamos continuar no Pier Mauá, mas a gente expande para a Zona Sul e a gente expande para a Zona Norte. Chegou a hora do estado do Rio de Janeiro respirar de perto a Rio InnovationWeek, que seguirá o nosso compromisso com o estado do Rio de Janeiro”, comentou Fábio Queiroz, um dos fundadores do RIW.
Próxima edição do Rio Innovation Week vai estar em mais pontos da cidade
Raoni Alves/g1
“A gente leva o Rio do nome e a gente vai cumprir fielmente esse nosso compromisso, fazendo uma edição de 2026 maior e melhor”, completa Queiroz.
Números da RIW 2025
O RIW 2025 consolidou o Rio de Janeiro como um polo estratégico de inovação e tecnologia na América Latina. Realizado entre os dias 12 e 15 de agosto no Pier Mauá, no Centro do Rio, o evento superou as projeções iniciais e gerou um impacto significativo na economia da cidade.
Dados divulgados na coletiva de encerramento confirmam que o evento atingiu a meta de movimentar cerca de R$ 4 bilhões em negócios, superando as expectativas prévias de 185 mil visitantes ao registrar um público de aproximadamente 205 mil pessoas ao longo dos quatro dias.
A dimensão internacional foi um dos grandes destaques desta edição. O RIW 2025 recebeu delegações de todos os estados brasileiros e mais de 30 países diferentes, com mais de 20 nações representadas no palco por palestrantes.
O impacto na cidade foi palpável, com a ocupação de 90% da rede hoteleira da Zona Sul e do Centro durante o período do evento.
A programação intensa reuniu mais de 1.000 palestrantes em painéis, palestras e experiências que abordaram temas como inteligência artificial, cidades inteligentes, música, literatura, moda, meio ambiente e esportes.
Entre os nomes de peso que marcaram presença estão o tetracampeão mundial de Fórmula 1 Sebastian Vettel, o cantor Ney Matogrosso, a futurista Amy Webb e o vencedor do Prêmio Nobel da Paz Denis Mukwege.
Arnaldo Antunes e Ney Matogrosso encerram painel no Rio Innovation Week cantando a capela
Olhando para o futuro, a organização já sinalizou o objetivo para a próxima edição: envolver ainda mais a cidade do Rio de Janeiro. A estratégia é expandir a experiência para além do Pier Mauá, explorando outros pontos turísticos e regiões da capital fluminense, integrando ainda mais o evento ao tecido urbano e cultural da cidade.
São Paulo Innovation Week
A capital paulista será, pela primeira vez, sede de um dos maiores eventos de inovação e tecnologia do país. A primeira edição do São Paulo Innovation Week foi anunciada para maio de 2026 nesta sexta-feira (15), último dia da edição do Rio Innovation Week, no Pier Mauá.
“Nós não podemos ficar um ano esperando para lançar da próxima edição, para falar sobre isso, para reunir mentes brilhantes, nacionais, internacionais, para dar oportunidade para todos de receberem esse evento. Por isso tomamos a iniciativa de fazer uma edição a cada seis meses. E aí escolhemos a cidade de São Paulo, em maio de 2026, para sediar a primeira São Paulo Innovation Week”, comentou Jerônimo Vargas, diretor-geral do evento.
“Será um evento transformador, assim como o Rio Innovation Week. Será um evento que dará muitas oportunidades. A gente sabe que muita gente tem oportunidade de sair do Brasil de viajar de ir a eventos de se conectar com o que tem de novo lá fora. Mas a gente sabe que tem muita gente que não tem acesso a isso e que muitas vezes não dá para ter essa agenda”, emenda
E por isso ter no Brasil dois grandes eventos de inovação e tecnologia, que traz o conhecimento internacional, para trocar com o conhecimento nacional, aonde nós temos o engajamento das universidades, das escolas, dos projetos sociais, dos empreendedores, dos empresários, das indústrias. É muito importante”, completa Vargas.
O SPIW será realizado em parceria entre a Base — organizadora do Rio Innovation Week — e o Estadão. A expectativa é atrair cerca de 30 mil visitantes por dia.
Os palcos principais ficarão no Mercado Livre Arena Pacaembu e na Fundação Armando Alvares Penteado (Faap), mas a programação também vai se espalhar por equipamentos culturais na periferia da cidade. Os locais ainda vão ser definidos.
“Vamos encurtar esse caminho físico para que a gente possa dar mais oportunidade, para que a gente se desenvolva e apresente aquilo que já é muito forte, que é a criatividade dos nossos jovens, dos nossos pesquisadores, dos nossos cientistas e das nossas empresas”, completou Jerônimo.
“Ter dois grandes eventos, um a cada seis meses no Brasil, vai ser um privilégio. Tenho certeza que seremos calendário mundial para a visita de todo o mundo. São Paulo tem uma característica importante, assim como Rio de Janeiro. São Paulo terá uma participação importante na área do agronegócio, na área do empreendedorismo, na área da indústria e na área da macroeconomia. São temas que vão ser a espinha dorsal do projeto”, explicou o diretor.
A programação da versão paulista terá como base as principais trilhas da economia e prevê: 24 conferências, mais de 1,5 mil palestrantes, 1 mil startups e 150 expositores, em uma área de 50 mil m².
