Ex-diretor da PRF é condenado por usar cargo para promover Bolsonaro

O ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, foi condenado por improbidade administrativa pelo Tribunal Regional Federal (TFR-2) por usar a instituição para promover o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022.A Corte entendeu que o comportamento de Vasques descumpriu os princípios da impessoalidade, legalidade e moralidade em razão do cargo em que ocupava à época. As condutas incluem:Uma camisa de futebol com número 22;Publicações em redes sociais associadas à imagem da PF.A decisão foi proferida pela 8ª Turma do TRF-2, na última quinta-feira, 14, e reformou a sentença da Justiça Federal no Rio de Janeiro que havia rejeitado a ação.

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PuniçõesA condenação de Vasques também implica em uma série de punições, entre elas estão:Multa de R$ 546.631,92: valor equivale a 24 vezes seu último salário no cargo;Proibido por 4 anos de firmar contratos;Proibido de receber benefícios do Poder Público.Núcleo 2 do plano golpistaO ex-diretor da PRF ainda é um dos apontados como réu no julgamento sobre os atos golpistas, que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).No último dia 25 de julho, Vasques prestou depoimento à Corte, quando negou qualquer tipo de participação no ordenamento para  a realização de blitzes no Nordeste, com objetivo de dificultar a ida dos eleitores do presidente Lula (PT) aos locais de votação.“Tudo o que recebemos de orientação, eu entendi que era preciso acatar, era uma questão hierárquica com o Ministério da Justiça. Eu trabalhei em diversas eleições. No meu entendimento, aquilo era o estrito cumprimento do dever legal”, declarou na ocasião.Interferência na eleição de 2022No início deste ano, a PF indiciou quatro ex-diretores e coordenadores da PRF por envolvimento na tentativa de dificultar o deslocamento de eleitores no Nordeste durante o segundo turno das eleições de 2022.Os ex-diretores indiciados são: Luis Carlos Reischak Jr. – ex-diretor de Inteligência da PRF e ex-superintendente no Rio Grande do Sul; Rodrigo Cardozo Hoppe – ex-coordenador de Inteligência; Djairlon Henrique Moura – ex-diretor de Operações; e Adiel Pereira Alcântara – ex-coordenador de Inteligência.Também foi indiciado Bruno Nonato dos Santos Pereira, ex-coordenador da ANTT. Eles são acusados de crimes como desobediência, prevaricação, restrição ao direito de voto e tentativa de abolição do Estado democrático de Direito.

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