A morte do gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos, completa uma semana nesta segunda-feira (18). Em publicação nas redes sociais do advogado Tiago Lenoir, a família pede que as pessoas façam um momento de oração em memória do trabalhador, às 9h, “independentemente da religião de cada um”.
De acordo com a publicação, não é necessário estar presente fisicamente. “Cada um em seu lugar, em silêncio ou em voz alta, vamos juntos rezar o Pai Nosso, como um clamor de justiça. Que nossa fé seja ponte, que nossa oração seja força, e que a justiça e a verdade prevaleça”, disse o comunicado.
“Que sua partida nos inspire a refletir sobre a construção de um mundo mais justo, humano e fraterno”, destaca a legenda da publicação.
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Entenda
Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos, foi assassinado com um tiro no abdômen, enquanto trabalhava no bairro Vista Alegre, região Oeste de Belo Horizonte, nessa segunda-feira (11). Ele chegou a ser socorrido e levado para o Hospital Santa Rita, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
O empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, de 47 anos, suspeito de matar o trabalhador, teve a prisão em flagrante convertida em preventiva pela Justiça de Minas Gerais, após audiência de custódia na manhã da última quarta-feira (13). Ele responde por homicídio duplamente qualificado e ameaça.
De acordo com a ocorrência policial, o crime ocorreu durante uma briga de trânsito, na rua Modestina de Souza, no bairro Vista Alegre, região Oeste da capital, na manhã dessa segunda-feira (11). Conforme testemunhas, um caminhão de lixo estava parado na rua, durante a coleta de resíduos, quando o empresário Renê Júnior exigiu para que fosse liberado espaço na via para passar com o veículo que dirigia, um BYD cinza.
Irritado, ele ameaçou a motorista do caminhão com uma arma. Os garis tentaram intervir e pediram que ele se acalmasse. Foi nesse momento que ele saiu do veículo e disparou contra os funcionários, acertando Laudemir. “E aí ele entrou dentro do carro e foi embora. Não prestou socorro, nem olhou para trás, ele seguiu o caminho dele”, relatou ao BHAZ a motorista do caminhão, Eledias Aparecida.
Na última quinta-feira (14), a Justiça de Minas Gerais autorizou a quebra de sigilo telefônico de Renê Júnior, além de determinar que empresa BYD revele à investigação informações sobre o trajeto percorrido pelo acusado no dia do crime. Em entrevista ao BHAZ, a defesa da família de Laudemir disse que “não descansará” enquanto os responsáveis não forem punidos pelo homicídio.
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