Em pleno coração de Londres, a Trafalgar Square se transformou em uma passarela a céu aberto para o aguardado retorno da Topshop. Sete anos após seu último desfile, a marca britânica ressurgiu com uma coleção outono/inverno 2025 e, junto com ela, trouxe de volta um ícone que dividiu opiniões ao longo da década passada: a calça jeans skinny Joni.
Com o revival de tendências dos anos 2000 em alta, a escolha da peça não parece ter sido por acaso — e pode ser o empurrão que faltava para consolidar o retorno da silhueta justa às ruas (e aos closets) mundo afora.
O desfile que parou Londres e despertou a nostalgia fashion
A apresentação da nova coleção da Topshop contou com nomes emblemáticos da moda britânica, como Cara Delevingne e Adwoa Aboah na primeira fila, reforçando a ligação emocional com os tempos áureos da marca.
No entanto, não foram apenas as celebridades que chamaram atenção. Para os fãs que viveram intensamente os anos 2010, um detalhe se destacou na passarela: o retorno da calça Joni — super skinny, de cintura alta e com a pegada justa que marcou uma geração.
Joni: de símbolo da geração millennial a relíquia fashion
Para quem frequentava as lojas da Topshop em sua fase de ouro, o nome Joni carrega memórias nítidas. Com sua modelagem colada ao corpo e variedade de lavagens, o jeans skinny virou peça essencial no guarda-roupa da geração millennial. Azul médio, preto, preto lavado e o famoso “enxague” com costura contrastante fizeram parte do imaginário coletivo de toda uma década.
No entanto, com o avanço de tendências mais soltas e confortáveis, como o mom jeans e o wide leg, a silhueta Joni perdeu espaço — até desaparecer das ruas com o fechamento das lojas físicas da Topshop em 2020.
A virada de chave: por que o retorno agora?
Com a ascensão da Geração Z no universo fashion e sua relação intensa com a estética Y2K (anos 2000), era questão de tempo até o jeans skinny esboçar um retorno. Celebridades como Bella Hadid, Kate Moss e Emily Ratajkowski já foram vistas desfilando suas versões da peça polêmica, reacendendo debates nas redes sociais e apontando um possível revival.
A Topshop, agora sob o comando da gigante ASOS, parece ter captado o timing com precisão cirúrgica: lançou a coleção no mesmo instante em que o novo site da marca foi ao ar, colocando os modelos Joni imediatamente à venda em sua versão clássica — e agora, também nostálgica.
Tendência ou provocação? O papel da Topshop na cultura da moda
A estratégia da Topshop vai além do marketing. Ao escolher reviver uma peça tão simbólica, a marca acerta em cheio na memória afetiva dos consumidores e ainda se posiciona no centro de um debate que vem crescendo: o retorno das roupas ultrajustas em tempos de liberdade corporal.
Será que o jeans skinny, tido por muitos como símbolo de desconforto e rigidez estética, pode encontrar espaço no cenário contemporâneo — agora mais fluido, inclusivo e pautado pelo bem-estar?
Joni 2025: onde encontrar e como usar
O novo relançamento da Joni conta com quatro cores clássicas disponíveis na ASOS: azul médio, preto, preto lavado e o icônico “rinse” (jeans escuro com costura clara). A modelagem continua super skinny e de cintura alta, adaptada para valorizar a silhueta e, segundo a marca, com tecido mais confortável.
Apesar da polêmica, a peça pode ser combinada com tops amplos, blazers oversized e botas, criando um equilíbrio entre o antigo e o atual — e abrindo caminho para um novo ciclo de estilo, que mistura passado e presente.
A moda em ciclo: o que esperar do outono/inverno 2025?
Embora outras grandes semanas de moda ainda não tenham aderido em massa à volta do jeans skinny, a jogada da Topshop pode ser vista como um teste importante para o termômetro fashion. Se a Joni conquistar novamente o público, é possível que outras marcas revisitem seus arquivos e tragam de volta silhuetas semelhantes.
Em um cenário onde a nostalgia dita tendências e o consumidor busca identidade em meio à efemeridade da moda, talvez o retorno do skinny não seja apenas uma provocação — mas um movimento estratégico que conecta gerações.
O jeans skinny Joni pode não agradar a todos, mas sua volta traz à tona um questionamento maior: a moda precisa ser reinventada o tempo todo ou ressignificada com consciência e história? A Topshop, ao ressuscitar sua peça mais icônica, parece apostar na segunda opção — e reacende a discussão sobre estilo, memória e pertencimento em plena era digital.
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