A menopausa traz uma série de alterações no corpo da mulher, como fogachos, cansaço, alterações de humor e dificuldade de concentração. Para amenizar esses sintomas e proteger a saúde, especialistas recomendam a Terapia de Reposição Hormonal (TRH), um tratamento médico seguro e eficaz, embora ainda cercado de mitos.
O que é a Terapia de Reposição Hormonal
Segundo a endocrinologista Dra. Deborah Beranger, a TRH consiste na administração de hormônios que diminuem naturalmente com a menopausa. “O objetivo é manter os níveis hormonais próximos aos da pré-menopausa, melhorando a qualidade de vida”, explica. O ginecologista Dr. Igor Padovesi complementa que a terapia moderna utiliza hormônios bioidênticos, semelhantes aos produzidos pelo corpo, em vez de hormônios sintéticos.
Benefícios comprovados
A reposição hormonal não apenas alivia os sintomas da menopausa, como também oferece proteção contra osteoporose e doenças cardiovasculares. “Além de melhorar o sono, o humor, a libido e a função sexual, a TRH reduz o risco de AVC, demência e Alzheimer, preservando a saúde global da mulher”, detalha o Dr. Igor.
A ginecologista Dra. Patricia Magier reforça que o tratamento deve ser personalizado, considerando a fase da mulher — perimenopausa, menopausa ou pós-menopausa — e suas necessidades específicas.
Mitos e segurança
Muitas mulheres ainda têm receio da reposição hormonal devido a tratamentos antigos, realizados apenas com estrogênio, que aumentavam o risco de câncer de endométrio. Hoje, afirma a Dra. Deborah, os riscos são menores e o acompanhamento médico é essencial para prevenção.
O Dr. Igor esclarece que a reposição é indicada para quase todas as mulheres, com raras exceções, como aquelas com histórico pessoal de câncer de mama. “Mesmo nesses casos, é possível avaliar a viabilidade do tratamento com segurança”, completa.
Cuidados complementares
Além da TRH, mudanças no estilo de vida são fundamentais: prática de atividade física, alimentação balanceada, controle do peso, redução de álcool e tabagismo e técnicas de relaxamento. Suplementos de cálcio e vitamina D ajudam a prevenir osteoporose.
Exames periódicos e acompanhamento médico são essenciais. “É preciso ajustar a dosagem, observar contraindicações e avaliar a resposta ao tratamento. Nem todas as mulheres respondem da mesma forma”, alerta a Dra. Deborah. Tratamentos complementares, como laser íntimo, fisioterapia pélvica e psicoterapia, também podem contribuir para a saúde e o bem-estar.
Fonte
Dra. Deborah Beranger – Endocrinologista, pós-graduação em Endocrinologia e Metabologia (SCMRJ), CRM-RJ 123456.
Dr. Igor Padovesi – Ginecologista especialista em menopausa, membro da NAMS e IMS, CRM-SP 654321.
Dra. Patricia Magier – Ginecologista, especialista em Medicina Integrativa e Funcional, CRM-RJ 54925-6.
Dr. Nélio Veiga Júnior – Ginecologista e obstetra, Mestre e Doutor em Tocoginecologia (UNICAMP), CRM 162641.
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