Barragem da Vale em Ouro Preto sai de nível máximo de risco após seis anos, mas estrutura segue em alerta

A escala de risco da barragem Forquilha III, da Vale, em Ouro Preto, na região Central de Minas Gerais, foi reduzida pela primeira vez em seis anos. A Agência Nacional de Mineração (ANM) reclassificou a estrutura do nível de emergência 3, o mais alto, para o nível 2. Apesar do avanço, a barragem segue em alerta, a Zona de Autossalvamento (ZAS) continua evacuada e as obras de descaracterização só podem ser feitas com equipamentos remotos.

Clique no botão para entrar na comunidade do BHAZ no Whatsapp

ENTRAR

A decisão da ANM foi baseada em novos estudos técnicos apresentados pela Vale. Segundo a agência, análises mais aprofundadas, com novas investigações de campo e ensaios, permitiram um maior alinhamento entre os modelos de segurança e as condições reais da barragem.

Apesar da melhora, a ANM reforça que a estrutura ainda exige atenção contínua. Por isso, determinou que os trabalhos para desmontar a barragem continuem sendo feitos exclusivamente com equipamentos operados à distância, sem a presença de trabalhadores no local para evitar riscos.

Qualquer acesso de pessoas à estrutura para manutenção ou inspeção só será permitido sob protocolos de segurança rigorosos e com autorização prévia. A Zona de Autossalvamento (ZAS), área de maior risco imediato que foi evacuada em 2019, permanece desocupada. A agência informou que não haverá retorno dos moradores neste momento.

Em comunicado, a Vale celebrou o marco. “Alcançamos nosso compromisso de não ter barragens em nível de emergência 3 até o ano de 2025, reforçando a segurança das pessoas e do meio ambiente. Também implementamos com sucesso e no prazo previsto o Global Industry Standard on Tailings Management (GISTM), para todas as nossas barragens de rejeitos. Continuaremos avançando na implementação do Programa de Descaracterização de Barragens a Montante e na melhoria contínua de nossa gestão de barragens”, disse Gustavo Pimenta, CEO da empresa.

A companhia também informou que, enquanto as obras de descaracterização avançam, ações de reparação e compensação são realizadas nos municípios de Itabirito, Ouro Preto, Rio Acima e Nova Lima, com base em um acordo firmado em novembro de 2024.

A mineradora também destacou a adoção do Padrão Global da Indústria para Gestão de Rejeitos (GISTM), um conjunto de 77 requisitos internacionais que busca aumentar a segurança e a transparência na gestão de barragens, envolvendo desde o projeto até o fechamento e o diálogo com as comunidades.

O post Barragem da Vale em Ouro Preto sai de nível máximo de risco após seis anos, mas estrutura segue em alerta apareceu primeiro em BHAZ.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.