Ruas do Grande Recife têm policiamento reforçado após mobilização de entregadores de aplicativo pela internet


Entregadores de aplicativo na Avenida Agamenon Magalhães
O governo de Pernambuco reforçou o policiamento no Grande Recife, na manhã desta quarta-feira (20), após entregadores por aplicativo realizarem uma mobilização na internet (veja vídeo acima). Motociclistas e ciclistas, que trabalham com entregas de pedidos, chamam atenção para a falta de segurança.
Na mobilização na internet, foram anunciados bloqueios em diversos pontos da cidade. Por isso, a Polícia Militar mobilizou 152 policiais para acompanhar as movimentações dos motoboys.
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Equipes estão de prontidão nas regiões Norte, Sul, Oeste e Centro do Recife. Além disso, um grupo de PMs se concentra próximo ao Centro de Convenções de Pernambuco, no bairro de Salgadinho, em Olinda.
A mobilização do efetivo orientou os comandantes para que os policiais utilizem instrumentos de menor potencial ofensivo. Confira os pontos que receberam reforço no policiamento:
Sede do Palácio do Campo das Princesas, no bairro de Santo Antônio, Centro do Recife;
Quartel do Derby, no Centro do Recife;
Av. Agamenon Magalhães e Av. Norte, no bairro de Santo Amaro, no Centro do Recife;
Avenida Abdias de Carvalho, na Zona Oeste do Recife;
Av. Caxangá, na Zona Oeste do Recife;
BR-101, próximo a Ceasa, no bairro do Curado, na Zona Oeste do Recife;
Academia da Cidade – Joana Bezerra, na Zona Sul do Recife;
Avenida Mascarenhas de Morais, no bairro da Imbiribeira, na Zona Sul do Recife;
Avenida Antônio de Goes, no Pina, na Zona Sul do Recife
BR-101, próximo à fábrica da Coca-Cola, no bairro de Prazeres, em Jaboatão dos Guararapes;
Centro de Convenções, no bairro de Salgadinho, em Olinda;
PE-15, em Olinda.
Entregadores de aplicativo na Avenida Agamenon Magalhães, no Recife
Everaldo Silva/TV Globo
O Sindicato dos Trabalhadores, Empregados e Autônomos de Moto e Bicicleta por Aplicativo do Estado de Pernambuco (Seambape) é um dos grupos que participa das manifestações. A TV Globo conversou com Rodolfo Sales, presidente do Seambape, que denunciou que os entregadores estão sofrendo com assaltos recorrentes.
“Todos os pais de família que trabalham de mototáxi, moto entrega, estão sendo prejudicados. A gente não vê a polícia se movimentando em prender não só os ladrões de moto, mas os que compram, que repassam as peças roubadas, e até as pessoas que compram. De antemão, o que a gente está mais buscando é segurança para a gente mesmo”, disse o presidente.
Motociclista de aplicativo é morto após reagir a assalto enquanto trabalhava, em Olinda
Segundo anúncio dos entregadores, os protestos acontecem em dois turnos desta quarta-feira (20), pela manhã e à tarde. Vias serão interditadas com objetos em chamas na pista.
Em março deste ano, os entregadores por aplicativo fizeram uma série de protestos por reajuste nas taxas de entrega e de espera por minuto, no Grande Recife. Na ocasião, foram bloqueadas avenidas em Jaboatão dos Guararapes e Recife durante a manhã do dia 31 de março. Os trabalhadores pediram um aumento de R$ 2 na taxa de entrega e que o valor da taxa de espera por minuto suba de R$ 0,10 para R$ 0,50.
Protestos no Grande Recife
A manifestação dos entregadores desta quarta-feira (20) acontece dois dias após protestos simultâneos realizados por carroceiros. Na segunda-feira (18), trabalhadores que utilizam transporte com tração animal interditaram vias principais do Recife e Olinda.
Os protestos simultâneos realizados pelos carroceiros travou o trânsito após os manifestantes atearem fogo a entulhos e interditarem avenidas. A categoria questionou a aplicação da Lei Municipal nº 17.918/2013, sancionada há 12 anos pelo então prefeito Geraldo Júlio, que proíbe a circulação de veículos de tração animal e a condução de animais com carga.
Protesto de carroceiros causa engarrafamento quilométrico no Recife
Reprodução/TV Globo
Em 14 de agosto, dia em que o presidente Lula cumpriu agenda em Pernambuco, outros protestos simultâneos travaram o trânsito no Grande Recife. Desta vez, as manifestações foram organizados por movimentos por moradia para famílias vulneráveis do estado.
Além de levar cartazes para os atos, os manifestantes atearam fogo a pneus e entulhos para interditar vias públicas em Olinda, Recife e Paulista. Os manifestantes questionaram as metas do programa federal Minha Casa, Minha Vida, que julgam ser insuficientes diante do déficit de habitação em Pernambuco.
BR-101 é interditada em Engenho do Meio, no Recife, em protesto por moradia
Divulgação/PRF
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