Curso IRATA vale a pena? Como a certificação pode acelerar seu primeiro embarque offshore

O curso IRATA certifica profissionais para acesso por cordas em ambientes industriais — inclusive plataformas e navios de apoio. Estruturado em níveis (L1, L2 e L3), valida competências práticas de progressão, posicionamento e resgate, sempre com foco em segurança e produtividade. Na prática, ele permite executar tarefas onde andaimes, guindastes ou cherry pickers não chegam, reduzindo janelas de parada e custos.

Quem se beneficia de imediato? Pintor industrial, jateador, caldeireiro, soldador, eletricista, instrumentista, mecânico, inspetor de integridade/END. Se a atividade pode exigir “deslocamento e trabalho suspenso”, o IRATA aumenta sua empregabilidade.

É obrigatório para trabalhar embarcado?

Não. Trabalhar embarcado exige um conjunto mínimo de habilitações que varia por função e contratante. Em manutenção e inspeção, o IRATA costuma ser diferencial ou exigência quando o escopo prevê trabalhos em altura via corda. Já para funções “pé no chão” (em convés, oficinas, sala de máquinas), a empresa pode pedir apenas NR-35 (trabalho em altura) e formações específicas da função.

Essenciais comuns no Brasil:

  • CBSP (Curso Básico de Segurança de Plataforma) – exigido pela Marinha para quem embarca em plataformas.

  • HUET/T-HUET (treinamento para evacuação de helicóptero).

  • NR-35 (trabalho em altura) e, conforme a função, NR-33 (espaço confinado), NR-10 (segurança em eletricidade), NR-13 (caldeiras e vasos de pressão) etc.

Resumo franco: se o seu escopo inclui acesso por cordas, IRATA acelera sua aprovação; se não inclui, pode ser apenas um diferencial — útil, mas não decisivo.

Como o IRATA eleva suas chances

você passa de candidaturas restritas a “pé no chão” para duas frentes de vaga: as tradicionais da sua função + as que exigem corda.
profissionais de manutenção/inspeção buscando 1º embarque.
 cenário atual do mercado brasileiro, com obras, paradas de manutenção e campanhas de pintura/inspeção frequentes em plataformas e embarcações de apoio.
 operadores priorizam segurança, versatilidade e menor tempo de indisponibilidade de ativos. A equipe de corda reduz mobilização de andaimes e agiliza frentes críticas.

Duração, validade e progressão

  • Carga típica: formação inicial costuma levar 5 a 7 dias, com avaliação prática rigorosa.

  • Validade: 3 anos (recertificação obrigatória para manter o nível ativo).

  • Progressão: do L1 (execução sob supervisão) ao L3 (supervisor/resgate). O registro em logbook conta horas/atividades e acelera sua evolução.

Passo a passo para o primeiro embarque

  1. Defina sua base técnica. Seja “profissão + corda”, não apenas “corda”: pintor industrial, eletricista, soldador, instrumentista etc.

  2. Regularize NRs e offshore. NR-35, CBSP e HUET são frequentes no pré-requisito.

  3. Faça o IRATA L1 se sua função tiver aderência real a trabalho suspenso.

  4. Monte um currículo objetivo, com seção de certificações válidas e datas. Inclua nº de registro IRATA e destaques do logbook (tipos de tarefa, resgates simulados).

  5. Simule entrevista técnica (procedimentos de ancoragem, redundâncias, comunicação, plano de resgate).

  6. Mapeie contratantes e terceirizadas que operam manutenção/inspeção por cordas em bacias brasileiras e envie candidaturas segmentadas.

  7. Mantenha exame médico e ASO atualizados; plataformas exigem aptidão específica.

Dica prática: tenha duas versões do currículo — uma “pé no chão” e outra “rope access” — para alinhar palavras-chave às vagas.

Erros comuns que travam sua contratação

  • Fazer IRATA sem base técnica. A certificação não substitui profissão.

  • Deixar NRs vencidas. Empresas filtram por validade.

  • Currículo genérico. Falta de palavras-chave e de escopos específicos (pintura, END, elétrica, caldeiraria) derruba o match.

  • Ignorar inglês básico. Procedimentos, toolbox e relatórios podem exigir terminologia técnica.

Quando esperar mais retorno do investimento

  • Campanhas de pintura/recuperação de casco/topsides na sua região de interesse.

  • Paradas programadas (turnarounds) com alto volume de frentes em altura.

  • Projetos que evitam andaime por custo, prazo ou risco operacional.
    Se o mercado local estiver “frio”, avalie manter-se ativo em contratos onshore por cordas para ampliar o logbook até surgir a janela offshore.

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