Após relatório da PF, Moraes dá prazo para Bolsonaro prestar esclarecimentos

Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o ex-presidente Jair Bolsonaro seja ouvido em até 48 horas, após ser indiciado por obstrução de investigação. Um relatório produzido pela Polícia Federal indica que o ex-mandatário e seu filho, Eduardo Bolsonaro, tentaram interferir em um julgamento que estava em curso no Supremo sobre a tentativa de golpe de Estado, após as eleições presidenciais de 2022.Moraes destacou no despacho, que o ex-presidente deverá esclarecer o descumprimento de medidas cautelares, assim como a reiteração de condutas ilícitas e o risco de fuga. O pastor Silas Malafaia, que também foi indiciado, e o comentarista Paulo Figueiredo, também são citados no relatório. De acordo com a PF, eles atuaram para disseminar informações falsas e organizar articulações internacionais com o intuito de constranger instituições democráticas brasileiras.

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As investigações apontam ainda que Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo buscaram a ajuda dos Estados Unidos para que sanções fossem impostas contra agentes públicos brasileiros. A justificativa para isso era a de perseguição política. Malafaia, outro indiciado após relatório da PF, é suspeito de orientar ações contra ministros do STF.O relatório revelou ainda que a análise do celular de Bolsonaro mostra violações à medida cautelar que proibia o uso de redes sociais e que ele havia planejado pedir asilo político para o presidente Argentina, Javier Milei, usando a justificativa de “perseguição política”. Os investigadores encontraram em seu poder um documento de 33 páginas, redigido como um pedido de asilo político ao presidente da Argentina, Javier Milei.

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