Bolsonaro repassou valor milionário a Eduardo antes depoimento à PF

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) repassou R$ 2 milhões ao seu filho Eduardo (SP), deputado federal licenciado, no período em que o parlamentar resolveu fixar a sua moradia nos Estados Unidos (EUA).O valor milionário foi repassado via Pix, por meio de doações de campanha feitas pelos seus eleitores. A informação foi confirmada pelo próprio Bolsonaro por meio de relatório da Polícia Federal (PF), divulgado nesta quarta-feira, 20, que o Portal A TARDE teve acesso.“No dia 13 de maio repassou R$ 2.000.000,00 (dois milhões) de reais a seu filho Eduardo Bolsonaro via PIX. Que o valor foi repassado de sua conta bancária diretamente para conta bancária de Eduardo Bolsonaro no Brasil”, diz o documento.

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A quantia, por sua vez, foi depositada no mesmo valor para a mulher do ex-presidente Michelle, um dia antes de Bolsonaro prestar depoimento sobre o caso do filho à PF pelos crimes de coação, obstrução de investigação de organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, pela atuação do deputado nos EUA.Durante a apuração, a PF pediu a quebra do sigilo bancário do ex-presidente e do deputado, para identificar a movimentação financeira entre os investigados.No documento, os investigadores acreditam que o ex-presidente “atuou deliberadamente, de forma livre e consciente” no ato do repasse dos montantes milionários. “Desde o início de 2025 e com maior ênfase, nos meses de maio, junho e julho de 2025 – quando se acentuaram as ações de Eduardo Bolsonaro no exterior – com a finalidade de se desfazer dos recursos financeiros que tinha em sua posse imediata, bem como evitar possíveis medidas judiciais que limitassem e/ou impedissem de consumar o intento criminoso de apoiar financeiramente as ações do parlamentar licenciado no exterior”, diz outro trecho do documento.PF indicia Jair BolsonaroA Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), no âmbito sobre a obstrução das investigações da trama golpista que previa um golpe de estado no Brasil após o resultado das eleições de 2024.Veja decisão na íntegra:

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A PF investigava Eduardo por conta da sua atuação nos Estados Unidos, onde está desde março alegando “perseguição”, onde articula pedidos de sanção contra o governo e autoridades brasileiras, a exemplo do Tarifaço e da execução da Lei Magnitskycontra o ministro Alexandre de Moraes.O colegiado é responsável pela análise do caso porque o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo, pertence à Primeira Turma.Todos os réus respondem no Supremo pelos crimes deOrganização criminosa armada;Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;Golpe de Estado;Dano qualificado pela violência e grave ameaça;Deterioração de patrimônio tombado.

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