
Maranhão aumenta a inserção de mestres e doutores no mercado de trabalho, aponta estudo
Divulgação/Fapema
O Maranhão subiu duas posições no indicador “Inserção de Mestres e Doutores” do Índice de Inovação dos Estados 2025, um levantamento do Observatório da Indústria Ceará, que chega à 7ª edição.
Segundo o levantamento, o aumento da inserção de mestres e doutores no mercado de trabalho, aliado à melhoria nas ações de sustentabilidade ambiental, tem sido um dos destaques do estado nos últimos anos, impulsionando seu ambiente de inovação.
O estudo, realizado pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), por meio do Observatório da Indústria Ceará, em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), revela que, entre 2021 e 2025, o Maranhão subiu da 26ª para a 24ª posição no indicador “Inserção de Mestres e Doutores”.
No mesmo período, também avançou do 26º para o 24º lugar no indicador de “Sustentabilidade Ambiental”, refletindo um compromisso crescente dos setores público e privado com práticas sustentáveis e pela capacidade de geração de energia renovável no estado.
Mas, apesar da evolução observada nesses dois indicadores, o Maranhão é 27º lugar no ranking geral e o 9º na Região Nordeste, de acordo com o Índice de Inovação dos Estados 2025.
Outros indicadores do estudo que merecem destaque no Maranhão são: Infraestrutura, no qual o estado ocupa o 10º lugar no ranking nacional; Produção Científica, com a 21ª posição; e Intensidade Tecnológica e Criativa, com o 22º lugar entre os estados brasileiros.
“A posição de relativo destaque em Infraestrutura indica que o estado tem investido na qualidade da rede de transportes, conectividade digital e políticas de fomento à inovação, elementos essenciais para a construção de um ambiente favorável ao desenvolvimento tecnológico. Há desafios para transformar inovação em resultados econômicos mais expressivos. No entanto, os investimentos em ciência, tecnologia e responsabilidade ambiental são um caminho de longo prazo para fortalecer o ecossistema de inovação maranhense, buscando ampliar seu impacto econômico e social”, analisa Guilherme Muchale, gerente do Observatório da Indústria do Ceará.
O diretor de desenvolvimento industrial, tecnologia e inovação da CNI, Jefferson Gomes, destaca o avanço da região Nordeste no índice.
“Esse é um sinal claro do potencial transformador da região. Estados como Ceará, Piauí, Alagoas e Pernambuco demonstram que, com políticas adequadas e investimentos consistentes, é possível alavancar a inovação mesmo em cenários desafiadores. O desempenho em áreas como sustentabilidade ambiental e capital humano revela vocações regionais que precisam ser fortalecidas”, avalia.
O Índice de Inovação
O Índice de Inovação dos Estados 2025 é um instrumento estratégico desenvolvido pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), por meio do Observatório da Indústria Ceará, em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI); e com o apoio da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e do Sebrae Nacional.
As 27 unidades federativas brasileiras são avaliadas de acordo com seu desempenho inovador. Criado para oferecer um diagnóstico detalhado dos ecossistemas estaduais de inovação, o Índice é uma pesquisa pioneira no Brasil, que mensura tanto os pontos fortes quanto as fragilidades, fornecendo dados essenciais para orientar políticas públicas e iniciativas voltadas ao fortalecimento da inovação em nível estadual e regional.
Sua metodologia está estruturada em duas grandes dimensões:
Capacidades – que avalia os recursos, estruturas, investimento público em ciência e tecnologia, capital humano, infraestrutura e instituições;
Resultados – que mensura os efeitos concretos do processo inovador, como produção científica, propriedade intelectual, empreendedorismo e sustentabilidade ambiental.
O Índice chega a 2025 na sua sétima edição consecutiva e utiliza 12 indicadores que permitem uma análise quantitativa e comparativa entre estados e regiões, facilitando a identificação de gargalos e oportunidades territoriais.
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