Câmara aprova medidas contra erotização precoce em escolas

A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou projeto que prevê medidas para prevenir a erotização precoce de crianças e adolescentes nas escolas. A proposta define o conceito de erotização infantil e seguirá para análise da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) antes de ser apreciada pelo Plenário.A proposta altera o Estatuto da Criança e do Adolescente para punir com pena de detenção de seis meses a um ano quem promova ou permita a sexualização precoce de crianças e adolescentes nas dependências das instituições de ensino, públicas ou privadas.O texto aprovado insere na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) a proibição de que conteúdos pedagógicos tratem de temas relacionados à sexualidade e identidade de gênero “de maneira inadequada e sem o consentimento prévio e expresso dos responsáveis pelos alunos.”A proibição à erotização precoce, violência ou estímulo ao uso de drogas abarca outras vertentes do currículo escolar, como artes visuais, dança, música e teatro.O relator do texto, deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), recomendou a aprovação do substitutivo aprovado na Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família, com algumas alterações. O projeto original (PL 10583/18) é de autoria da ex-deputada Mariana Carvalho (RO).Uma das mudanças feitas por Nikolas trata da punição das instituições de ensino que descumprirem as regras. “Com isso, busca-se garantir que a legislação não apenas tenha caráter educativo e preventivo, mas também de responsabilização, o que contribui para a efetividade das medidas propostas”, justifica o relator.O texto prevê que o poder público estabeleça parcerias com plataformas de mídias sociais para viabilizar a identificação e o bloqueio de conteúdos inadequados a menores.Pela proposta, entre os objetivos das medidas estão:proibir a participação de crianças e adolescentes em danças, performances emanifestações culturais que aludam a atos sexuais, libidinosos ou que promovam erotização precoce;prevenir e combater a prática da erotização infantil (sexualização precoce) com iniciativas de sensibilização e orientação quanto à importância do apego a conteúdos próprios para a idade;capacitar docentes e equipe pedagógica para a implementação das ações de discussão, prevenção, orientação e solução do problema;vedar a utilização de materiais escolares, livros, imagens e recursos audiovisuais que contenham conteúdos eróticos, pornográficos ou obscenos, em desacordo com a maturidade e idade dos alunos; eenvolver a família no processo de construção da cultura do combate à erotização infantil.Com informações da Agência Câmara de Notícias*
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