Ameba comedora de cérebro mata homem após mergulho em lago; entenda

Um homem do Missouri, nos Estados Unidos, morreu depois de contrair uma infecção cerebral causada pela Naegleria fowleri, conhecida popularmente como “ameba comedora de cérebro”. Segundo o Departamento de Saúde e Serviços para Idosos do Missouri (DHSS), o contato com o microrganismo ocorreu durante um passeio de esqui aquático no Lago de Ozarks, famoso ponto turístico para natação e esportes aquáticos.Poucos dias após a atividade, a vítima apresentou sintomas graves e foi internada em uma unidade de terapia intensiva, mas não resistiu.Casos recentes alertam para o riscoEste não foi o único incidente recente nos Estados Unidos. No mês passado, Jaysen Carr, de 12 anos, morreu na Carolina do Sul após contrair a mesma infecção, possivelmente em Lago Murray, outro destino popular para atividades aquáticas. Estes casos reforçam a atenção necessária ao praticar esportes em águas doces aquecidas.O que é a Naegleria fowleriA Naegleria fowleri é um protozoário presente em lagos, rios e lagoas de água doce aquecida. A infecção, chamada meningoencefalite amebiana primária (PAM), ocorre quando a água contaminada entra pelo nariz e o microrganismo migra até o cérebro, destruindo o tecido cerebral.

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A doença não é contagiosa, nem pode ser transmitida pela ingestão de água ou contato com outra pessoa infectada.Sintomas e evolução da doençaInício: dor de cabeça intensa, febre, náusea e vômito.Progressão: rigidez no pescoço, confusão mental, convulsões, alucinações e coma.Letalidade: mais de 97% dos casos resultam em morte, mesmo com tratamento.Como se prevenirEspecialistas recomendam cuidados durante atividades aquáticas em águas doces aquecidas:Evitar submergir a cabeça em lagos e rios quentes.Utilizar tampões ou clipes nasais durante mergulhos ou esportes aquáticos.Evitar contato direto com águas termais ou locais propícios à proliferação da ameba.Entre 1962 e 2024, os Estados Unidos registraram 167 casos de PAM, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). Embora rara, a infecção é extremamente agressiva, tornando a prevenção essencial.

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