Motoboy iria comer pastel com filhos quando morreu atingido por linha com cerol em Campinas


Motociclista que morreu atingido por linha com cerol tinha dois filhos pequenos
Arquivo pessoal/Angélica de Greci
O motociclista que morreu após ser atingido no pescoço por uma linha de cerol, em Campinas (SP), estava a caminho da casa dos filhos, de 3 e 6 anos, para comer pastel com a família na noite de domingo (25).
Segundo a mãe das crianças, Gilberto Dias de Oliveira, de 48 anos, havia passado na casa para combinar o passeio, saiu para comprar cigarros e não voltou mais – morreu atingido pela linha na Avenida Pastor João Prata Vieira, no bairro DIC 4.
Angélica de Greci, de 29 anos, conta que estava à espera do companheiro, quando recebeu a ligação de uma amiga dizendo que Tatu, como Gilberto era conhecido no bairro, havia morrido.
“Ele me deu um beijo. Deu um beijo nas crianças antes de sair de casa. Parecia uma despedida. Que a gente não ia se ver mais. Ele era um pai muito presente. E a dor dos meus filhos dói em mim nesse momento”, conta Angélica.
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Angélica lembra que Tatu chegou a pedir para levar o filho mais velho, de 6 anos, junto até o local onde compraria o cigarro, mas pelo horário, ela não deixou. “Imagina a tragédia que seria”, disse.
Após a demissão de uma empresa em que atuava como catador de móveis usados, Gilberto trabalhava para um aplicativo de transportes com a moto desde abril de 2025.
No domingo, já havia batido a meta, e foi ver os filhos.
Motociclista morre após ser atingido no pescoço por linha com cerol em Campinas
O casal
Segundo Angélica, entre idas e vindas, o casal estava junto desde 2017. Mas há sete meses moravam em casas separadas.
Angélica conta que Gilberto havia passado por problemas com álcool, o que atrapalhou no relacionamento, e foi o motivo da separação.
Os dois moravam em casas diferentes, mas ainda mantinha um relacionamento amoroso.
“Ele tinha muitos amigos. Isso mobilizou todo o bairro. Gostava muito de jogar futebol, sair com os amigos. Só chamavam ele pelo seu apelido de infância, Tatu. Ninguém chamava de Gilberto”, lembra Angélica.
O velório e o sepultamento do corpo de Gilberto estão marcados para acontecer nesta terça-feira (26), no Cemitério dos Amarais, em Campinas.
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