Cadê o salário? Profissionais expõem caos em hospital particular de Salvador

Fisioterapeutas e enfermeiros do Hospital Português, localizado no bairro da Barra, em Salvador, procuraram o Portal A TARDE para denunciar o atraso no pagamento dos salários referentes ao mês de agosto.”Já vem acontecendo há alguns meses, mas, no máximo, eram dois dias de atraso, sempre nos deram satisfação a respeito e o pagamento logo entrava [era feito]. Essa é a primeira vez com tantos dias em atraso e sem nem se quer previsão para pagamento”, contou um desses trabalhores, sob anonimato, por temer represália.Além da remuneração em aberto, os profissionais afirmam que descontos foram realizados em folha para pagamentos de alguns serviços, como por exemplo o programa de academias WellHub, contudo, os valores não foram repassados, o que resultou na suspensão do benefício por inadimplência da instituição.

Benefício suspenso

|  Foto: Reprodução Arquivo Pessoal

“Fizeram os descontos em folha dos funcionários e não pagaram ao programa, sendo cancelado por inadimplência o nosso serviço, e nos já pagamos. Imagine, você chegar na academia e não poder entrar por inadimplência e você ter certeza que pagou, pois foi descontado na sua folha de pagamento”, avaliou o trabalhador.Ainda segundo outro profissional, o contracheque do mês em questão foi lançado no sistema com a informação de que o salário já havia sido pago.”Colocou o contracheque no sistema como se estivesse realizado o pagamento desde o dia 20 e, até hoje, o dinheiro não foi pago e ninguém da uma satisfação. Fazemos contato com o RH [Recursos Humanos] e a resposta é que não tem dinheiro e nem previsão para pagamento”, disse ele.Dificuldades”Infelizmente, vivemos sobre grande demanda, muita cobrança, cada dia que passa o profissional de saúde mais sobrecarregado e sem valorização. Até apanhando de pacientes e acompanhante em seus serviços, tendo que ter dois ou três empregos para ter o mínimo de conforto para as suas famílias e uma melhora de vida, para ainda trabalhar e não receber”, lamentou o funcionário. Os profissionais afirmam que a situação está insustentável e que a falta de resposta da instituição os levou a buscar apoio na imprensa. “Precisamos dessas informações na mídia para ver se aí eles nos pagam, as contas atrasadas e os juros correndo”, declarou outro trabalhador afetado.

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O Portal A TARDE tentou contato com o RH do hospital por meio de telefone, mas não conseguiu. Até a publicação dessa matéria, os trabalhadores ainda aguardavam o pagamento dos vencimentos. “O que eles estão fazendo, não se faz”, concluiu uma funcionária.

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