Nesta quarta-feira (27), o mercado de petróleo bruto iniciou o pregão com baixa volatilidade, refletindo um momento de consolidação após dias de alta. A cotação do WTI (West Texas Intermediate) e do Brent estável revela um cenário de cautela entre os investidores, em meio ao excesso de oferta global e barreiras técnicas que dificultam novos avanços.
Brent e WTI testam limites de consolidação
O WTI operava entre US$ 62 e US$ 65, formando uma faixa de negociação lateral, enquanto o Brent mantinha-se em torno de US$ 67, dentro de uma zona de resistência crítica que se estende até US$ 69. Apesar do impulso altista recente, os preços encontram forte resistência técnica, principalmente na média móvel exponencial (MME) de 50 dias, que limita novas altas.
Segundo analistas, o comportamento do mercado indica que os preços podem seguir em consolidação por mais tempo, formando uma espécie de “moagem lateral”, sem uma direção clara no curto prazo. A ausência de gatilhos macroeconômicos relevantes também contribui para essa estagnação.
Oferta global pressiona mercado
O principal fator por trás da contenção dos preços é o aumento da oferta global. Estados Unidos, OPEP+ e Rússia seguem bombeando volumes expressivos de petróleo, gerando um desequilíbrio temporário em relação à demanda. A expectativa de que essa sobreoferta persista no curto prazo adiciona pressão baixista aos preços.
A demanda, embora ainda presente, não tem crescido no ritmo necessário para absorver o excesso de produção. Isso cria um ambiente em que qualquer tentativa de alta é rapidamente freada por expectativas de que o mercado continue bem abastecido.
Análise técnica: lateralização predomina
Do ponto de vista técnico, tanto o WTI quanto o Brent formam padrões de consolidação horizontal. O suporte do WTI se consolida em US$ 62 e a resistência em US$ 65. Já o Brent tem suporte em US$ 65 e forte resistência entre US$ 67 e US$ 69. Enquanto não houver rompimento claro dessas faixas, o mercado deve continuar operando lateralmente.
A incerteza quanto à política de produção da OPEP+, os estoques norte-americanos e os desdobramentos econômicos globais, especialmente na China e na Europa, permanecem no radar dos investidores como potenciais catalisadores para rompimentos futuros.
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