A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) pendeu 432 indivíduos em Minas Gerais durante a Operação Agosto Lilás, realizada para intensificar a proteção e prevenção contra a violência doméstica. O procedimento ainda resultou na apreensão de 12 armas de fogo.
De acordo com a PMMG, quase 5 mil operações focadas em ações preventivas e repressivas ocorreram em todo o estado, resultando em 3600 abordagens. Do total de prisões em Minas Gerais, 198 já possuíam mandatos de prisão em aberto relacionados a crimes diversos, mas com histórico de violência doméstica contra mulheres. As demais prisões foram em flagrante e cinco dos autores eram menores de idade.
“Nessas prisões estão incluídos todas as modalidades de violência contra a mulher: a violência física, financeira, psicológica e sexual”, explicou a major Layla Brunnela.
Segundo a PMMG, um dos principais objetivos foi encorajar as mulheres a denunciar a violência em estágios iniciais, oferecendo um acolhimento especializado e contínuo através de patrulhas com policiais femininas e a presença da PM em todos os municípios. Por isso, ações como palestras e reuniões fizeram parte das prevenções promovidas pela corporação.
“O maior desafio é trazer para essa mulher a confiança necessária nas forças de segurança, a certeza de que ela será amparada, a certeza de que o poder judiciário e o Ministério Público está do lado dessa mulher”, esclareceu Layla Brunnela.
As prisões ocorreram nas 19 regiões da Polícia Militar, com o maior volume (32) registrado em Belo Horizonte.
Denuncie
O primeiro registro de ocorrência relacionado à violência contra à mulher pode ser feito:
- Na Delegacia de Plantão Especializada em Atendimento à Mulher ou em qualquer Delegacia de Polícia Civil. Pelo link, basta ir em “buscar por nome” e digitar o termo “mulher”.
- Pela Delegacia Virtual.
- Em qualquer unidade da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG).
- As denúncias também podem ser feitas pelo Disque 181 ou pelo Ligue 180, inclusive de forma anônima (ler mais abaixo). Os fatos narrados nestes contatos são encaminhados à Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), que irá apurar a denúncia e tomar as providências necessárias. Não é um registro de ocorrência, mas é uma alternativa caso o denunciante seja um vizinho, amigo ou parente de uma vítima que talvez não possa ir até uma delegacia ou se sinta ameaçada para denunciar.
190
É possível acionar a Polícia Militar pelo número 190 em casos urgentes para que os agentes se desloquem até o local. No momento de uma violência, a PMMG poderá socorrer essa vítima e, inclusive, efetuar a prisão em flagrante do agressor.
A Polícia Militar de Minas Gerais oferece, ainda, o serviço Patrulha de Prevenção à Violência Doméstica (PPVD). Segundo a PMMG, a PPVD consiste em guarnição, “qualificada e treinada”, composta por uma policial do sexo feminino e um policial do sexo masculino, que prestam serviço de proteção à vítima, garantindo o seu encaminhamento aos demais órgãos da Rede Estadual de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher.
180
O Ligue 180 é um serviço de utilidade pública para o enfrentamento à violência contra a mulher. De acordo com o governo federal, que administra o canal, além de receber denúncias de violações contra as mulheres, a central encaminha o conteúdo dos relatos aos órgãos competentes e monitora o andamento dos processos.
O serviço também orienta mulheres em situação de violência, encaminhando-as para os serviços especializados da rede de atendimento. Além disso, no Ligue 180 é possível se informar sobre os direitos da mulher, a legislação vigente sobre o tema e a rede de atendimento e acolhimento de mulheres em situação de vulnerabilidade.
Também é possível receber atendimento pelo Telegram. Basta acessar o aplicativo, digitar na busca “DireitosHumanosBrasil” e mandar mensagem para a equipe da Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180.
Desde 2023, o Ligue 180 tem um canal exclusivo no WhatsApp. Para abrir uma conversa é necessário salvar o número (61) 9610-0180 e enviar uma mensagem, ou ainda, acessar o serviço, que funciona 24 horas, todos os dias da semana, pelo link.
Veja outras formas de denunciar e serviços relacionados neste link.
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