A Petrobras retomou a licitação para a construção e operação do FPSO (unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência) Albacora, atraindo cinco grandes players do mercado: Shapoorji Pallonji, MISC, Modec, Ocyan e BW Offshore. Essas empresas estão estudando ou preparando propostas para participar da concorrência, segundo fontes do setor ouvidas pela BNamericas.
O novo processo surge após o cancelamento da licitação anterior, na qual BW e Ocyan haviam apresentado ofertas de US$ 1,2 bilhão e US$ 1,7 bilhão, respectivamente. O projeto foi revisado e relançado no modelo build-operate-transfer (BOT) para viabilizar economicamente a revitalização do campo de Albacora, na bacia de Campos.
Capacidade e cronograma do FPSO Albacora
O FPSO Albacora terá capacidade para produzir 120 mil barris por dia (b/d) de petróleo e 6 milhões de m³/dia de gás natural. A expectativa é que a unidade entre em operação a partir de 2030.
Os documentos da licitação estão disponíveis no portal Petronect, sob o ID 7004415516, e as propostas devem ser entregues até 1º de outubro de 2025.
Outras licitações em andamento
Além de Albacora, a Petrobras também conduz outros importantes processos para a contratação de FPSOs:
Projeto | ID no Petronect | Status Atual | Previsão de Operação |
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Sergipe Deepwater (SEAP I e II) | 7004338481 | Revisão do projeto e prazo estendido para 30/09/2025 | 2030 ou depois |
Revitalização Marlim Sul/Leste (P-86) | 7004319880 | Revisão do projeto; entrega de propostas até 03/11/2025 | Próxima década |
Barracuda/Caratinga | — | Novo processo em preparação, com possível uso de casco existente | 2029 |
Búzios 12 | — | Esperado lançamento da licitação até o fim de 2025 | — |
Já a licitação da P-86 também foi postergada para novembro, após revisões no projeto. Para o FPSO Barracuda/Caratinga, negociações anteriores com a Shapoorji fracassaram, e a Petrobras avalia reaproveitar um casco já existente para reduzir investimentos. Por fim, há expectativa de que a licitação do FPSO Búzios 12 seja lançada ainda este ano.
Os FPSOs são peças-chave na estratégia da Petrobras para aumentar e revitalizar a produção offshore, especialmente em campos maduros da Bacia de Campos e novas fronteiras, como Sergipe Águas Profundas. O uso do modelo BOT visa aliviar o caixa da estatal ao transferir para o contratado a responsabilidade de construir, operar e depois transferir a unidade.
A forte participação de empresas internacionais reforça a atratividade dos ativos da Petrobras, mesmo em um ambiente de revisão de projetos para redução de custos.
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