
Tiroteio na Barra da Tijuca assusta motoristas e pedestre; carro blindado é atingido por disparos
A Polícia Civil do Rio prendeu, na manhã deste sábado (19), Deivyd Bruno Nogueira Vieira, o Piloto, suspeito de participar do atentado contra o bicheiro Vinicius Drumond na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, no dia 11 deste mês.
De acordo com investigações da Delegacia de Homicídios da Capital, também participaram do atentado Rafael Ferreira Silva, o Cachoeira, Adriano Carvalho de Araújo, e o policial militar da ativa Luís César da Cunha, lotado no 15º BPM.
O contraventor Vinicius Pereira Drumond, apontado como um dos membros da nova cúpula do jogo do bicho do RJ, sofreu uma tentativa de execução na manhã desta sexta-feira (11) na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Ele sofreu escoriações leves por estilhaços de vidro.
O ataque ocorreu por volta das 11h na Avenida das Américas, a principal do bairro, perto da Estação Ricardo Marinho do BRT. A TV Globo apurou que Vinicius estava em um Porsche blindado quando houve a emboscada. A porta e a janela do motorista e do carona ficaram crivadas de balas. Foram mais de 30 tiros (veja as imagens abaixo).
Testemunhas contaram que supostos seguranças do contraventor, que saíram de outros automóveis, reagiram, e mais tiros foram ouvidos. Não há notícias de outros feridos.
Quando a polícia chegou, nem o Porsche de Vinicius nem qualquer outro veículo foram encontrados. O Globocop localizou o carro do contraventor parado em um hospital do bairro.
“O Hospital Barra D’Or informa que o paciente Vinicius Drumond deu entrada na manhã de hoje (11) apresentando escoriações leves por estilhaços de vidro. Foi atendido na emergência e recebeu alta em seguida”, informou a unidade.
Porsche do bicheiro Vinicius Drumond ficou crivado de balas
Raoni Alves/g1 Rio
Porsche do bicheiro Vinicius Drumond ficou crivado de balas
Raoni Alves/g1 Rio
Tiros atingiram os dois lados do Porsche do bicheiro Vinicius Drumond
Raoni Alves/g1 Rio
Bancos da frente também foram atingidos pelos tiros
Raoni Alves/g1 Rio
Veja onde foi o ataque a Vinicius Drumond
Infografia: Dhara Pereira/g1
Carro de Vinicius Drumond foi encontrado na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio
Reprodução/ TV Globo
Investigado por furto de combustível
Filho de Luizinho Drumond — presidente da escola de samba Imperatriz Leopoldinense morto em julho de 2020 —, Vinicius foi alvo de buscas, em fevereiro deste ano, da Operação Ouro Negro, contra o furto de combustíveis de dutos subterrâneos da Petrobras.
Segundo a investigação da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD), Vinicius era o chefe estratégico e financeiro da quadrilha. O bando agia no RJ e em outros estados e extraía sobretudo petróleo, a fim de revendê-lo como matéria-prima para a produção de asfalto, borracha e plástico.
Vinicius é considerado um dos chefes da contravenção, ao lado de Adilsinho e de Rogério Andrade. Herdou do pai pontos do bicho na Zona da Leopoldina, que compreende bairros como Ramos (onde fica a Imperatriz), Manguinhos, Maré, Bonsucesso, Complexo do Alemão, Penha, Parada de Lucas e Vigário Geral.
“Drumond ascendeu rapidamente no mundo do crime organizado, expandindo seus negócios ilícitos para além do jogo do bicho”, descreveu a polícia, na época da Ouro Negro.
Vinicius também puxou do pai a influência na Imperatriz — atualmente, a escola é presidida pela irmã de Luizinho. O sobrinho chegou a ser um dos vice-presidentes, mas não foi muito participativo do dia a dia da agremiação.
Nesta terça-feira (8), porém, Vinicius foi anunciado como patrono da escola de samba Em Cima da Hora, que disputa a Série Ouro do carnaval carioca. A agremiação explicou que Vinicius “sempre esteve presente nos bastidores” da Azul e Branca.
Marcas de tiros no carro de Vinicius Drumond na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio
Betinho Casas Novas/ TV Globo