Um ano de preparo para 25 minutos de show: conheça os bastidores das quadrilhas do Arraial de Belô


Quadrilha Pé Rachado, 2025
Jô Andrade/g1
Para cada quadrilha que faz apresentação no Arraial de Belô, uma equipe de produção se desdobra por meses. É um ano inteiro de preparação para 25 minutos de apresentação, que envolve muito suor e adrenalina não só dos dançarinos, mas também do grupo de apoio que compõe cada quadrilha.
No tablado, tempo é pontuação. São apenas 15 minutos para que cada equipe monte o cenário. Para o fim da apresentação a cobrança é ainda maior: 10 minutos de desmontagem.
Alguns pontos importantes avaliados pela Comissão de Verificação das Obrigatoriedades e Cronometragem são a quantidade de dançarinos, que é de no mínimo 20 e máximo 73, e o número de pessoas da equipe de apoio, de até 20 pessoas.
O edital da prefeitura de BH estabelece como penalização a perda de 0,5 ponto por minuto de atraso na montagem final, montagem no tablado, retirada do cenário e liberação da área.
Quadrilhas que vão participar do Arraial de Belô se preparam para a competição
Trabalho árduo
Um dos coordenadores da quadrilha Pé Rachado, Gabriel Victor, contou ao g1 que tanto a cenografia quanto os efeitos especiais ficam por conta da equipe de apoio.
Enquanto caminha correndo pelos cantos do tablado, Gabriel cronometra o tempo, conversa por um rádio comunicador e acompanha outros membros da equipe, que se deslocam às pressas para manter o tablado organizado.
Arraial de BH – Cenário da quadrilha Pé Rachado, 2025
Jô Andrade/g1
A organização exige, entre outros pontos, que peças dos figurinos dos dançarinos – como chapéus e lenços – não fiquem por muito tempo no chão.
“É um ano preparando. Chega na hora e sai tudo diferente do que a gente planejou. O perrenge maior é quando a gente decide fazer uma megaestrutura, porque aí a gente calcula, pensa, repensa e acaba que algumas coisas não saem exatamente como calculamos, e daí tem que repensar de última hora”, afirmou Gabriel.
Neste ano, a Pé Rachado trouxe no cenário duas estruturas que representam igrejas (veja foto acima), que se uniram aos demais objetos do cenário, todos organizados pela equipe de apoio.
O tema de 2025 foi o Conto do Vigário, com um enredo ambientado em Ouro Preto. A trama girou em torno da disputa entre dois padres pela posse de uma santa de ouro, essencial para abençoar o casamento de Terezinha e Bastião. A apresentação ocorreu no fim da tarde deste sábado (8), no Mineirinho.
“Apesar de toda loucura, noites sem dormir e ensaios desde dezembro do ano passado, é muito amor. Quando acaba, a gente sente falta, e o São João é assim, toma nossos finais de semana, tempo com família, mas fazemos por amor, e ficamos ansiosos para o próximo ano”, explicou.
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Gabriel Victor, um dos coordenadores da equipe de apoio da quadrilha Pé Rachado
Jô Andrade/g1
Veja programação deste domingo (20)
No último dia de Arraial de Belô, a festa começa às 15h com o DJ Gui Black e aulão de forró com a professora Viviane Pernambuco. A programação do lado externo segue com o cantor Thiago Randazzo e a Orquestra Mineira de Viola, além do DJ Adriano.
As quadrilhas começam às 16h, com a quadrilha infantil Sol Nascente. Os destaques do dia serão as apresentações de mais oito quadrilhas do Grupo Especial do Concurso Municipal: Tradição Mineira, Trem D’Minas, Vaca Loka, Luar do Sertão, Pipoca Doce, Nova Geração, São Gererê e Feijão Queimado.
O cantor Geraldo Azevedo, sobe ao palco “Coreto da Caixa” às 22h30 para encerrar a festança.
Apresentação da quadrilha Pé Rachado, 2025
Jô Andrade/g1
Quadrilha Pé Rachado, 2025
Jô Andrade/g1
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