Mãe de bebê que morreu com sinais de agressão no Paraná precisou pular muro de casa para pedir socorro; pai foi preso


Morte de bebê de dois meses em Ponta Grossa é investigada pela Polícia Civil.
Arquivo/Bruna Bronoski/RPC Ponta Grossa
A mãe do bebê de dois meses que morreu com sinais de agressão em Ponta Grossa, no Paraná, precisou pular o muro de casa para pedir socorro. Segundo a Guarda Municipal, que atendeu a ocorrência, a mulher de 32 anos disse ter sido agredida pelo pai da criança ao tentar ligar para Samu, depois de ver a criança ferida. O pai, que tem 37 anos, foi preso pelos crimes de homicídio qualificado e lesão corporal no contexto de violência doméstica e familiar contra a mulher.
A mãe buscou ajuda na base da Guarda Municipal (GM) de Ponta Grossa após conseguir fugir de casa, na madrugada deste sábado (19), mas o bebê já estava morto quando a equipe médica chegou. Segundo a Polícia Civil (PC-PR), o corpo do menino tinha sinais de agressão.
As identidades dos envolvidos não foram divulgadas.
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De acordo com o relatório divulgado pela GM, a mãe chegou em casa do trabalho por volta das 23h de sexta-feira (18). O pai da criança disse a ela que tinha alimentado a criança e que, por isso, a mulher deveria deixar a criança dormindo.
Às 3h de sábado, a mulher acordou para amamentar o bebê e foi até o carrinho, momento em que percebeu que o menino estava com a pele fria e um ferimento no olho.

Pai tentou impedir mulher de chamar socorro
A mulher relatou a polícia que pediu o telefone do companheiro para ligar para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) quando viu a situação do bebê. Ela diz que foi agredida após o pedido. O homem também é suspeito de esfaqueá-la na perna.
Ainda conforme a GM, a mãe voltou para cama e fingiu estar desacordada até que o homem estivesse dormindo. Ela, então, pegou o filho nos braços, pulou o muro e foi até a base da Guarda Municipal para buscar ajuda.
A equipe médica foi acionada pelos guardas, mas o bebê já não tinha sinais vitais quando o socorro chegou.
O delegado da Polícia Civil (PC-PR) Juarez Mendes de Sousa Filho informou à RPC, afiliada da TV Globo no Paraná, que o menino tinha sinais de trauma na cabeça.
Os guardas municipais prenderam o pai da criança em flagrante pelos guardas dentro de casa. O relatório da GM afirma que, depois de dizer que não sabia o que tinha acontecido, o homem falou aos agentes que o bebê havia engasgado às 18h de sexta-feira e que não chamou o socorro médico por “não saber o que relatar”.
O pai passou por audiência de custódia e teve prisão preventiva decretada.
Em nota enviado ao g1, a polícia afirmou que solicitou exames periciais para verificar a causa da morte do bebê e que o caso está sendo investigado.
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Pai tinha histórico de agressões
Conforme a polícia, o suspeito possui histórico de violência doméstica. Em janeiro deste ano, um boletim de ocorrência foi registrado contra ele depois de ele agredir a esposa, que estava grávida do menino que morreu neste sábado.
Em 2021, a polícia tem um outro registro envolvendo o homem, que teria agredido outra criança de dois meses de idade. O bebê teve uma fratura no fêmur.
Ele também é suspeito de agredir uma criança de três anos com um tapa no rosto, em 2016.
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