A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu a investigação sobre homicídio e ocultação de cadáver da menina Yara Karolaine, uma criança de 10 anos, morta no Vale do Rio Doce em março deste ano. Valdenilson Pereira da Silva, de 57 anos, foi indiciado por seis crimes, entre eles homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e fornecimento de bebida alcoólica para menores.
Durante a apuração, a PCMG reuniu laudos que confirmaram a presença de álcool no organismo da vítima. Imagens de segurança analisadas durante a investigação também registraram o momento em que a menina desembarcou do carro cambaleando, antes de entrar na casa de Valdenilson.
Os exames indicaram politraumatismo na região cervical como causa da morte. “Com base nas provas reunidas em um inquérito de 612 páginas, o suspeito foi indiciado por homicídio triplamente qualificado (motivo fútil, meio que dificultou a defesa da vítima e por ela ser menor de 14 anos), ocultação de cadáver, crimes contra a dignidade sexual, peculato, dano ao erário municipal e fornecimento de bebida alcoólica à criança”, destacou a delegada responsável pelo caso, Junia Nara Rodrigues Rocha Sobral.
A polícia ainda investiga eventual omissão da mãe da vítima.
Próximos passos do processo criminal
Com o indiciamento, o inquérito foi remetido à Justiça com representação pela conversão da prisão temporária em preventiva. Agora, o judiciário aprecia o pedido sobre a prisão e o Ministério Público decide se denuncia ou não Valdenilson Pereira da Silva.
Caso o MP apresente denúncia, cabe à Justiça avaliar se recebe a petição do MP e, se entender que houve crime contra a vida – nesse caso, homicídio triplamente qualificado –, o suspeito vai a júri popular.
Relembre o caso
Yara Karolain, de 10 anos, ficou desaparecida durante quatro dias. O corpo dela foi localizado em 8 de março, num saco plástico, na zona rural de São Pedro do Suaçuí, a 70 km de Água Boa, cidade onde a garota morava com a família.
O autor confesso é Valdenilson Pereira da Silva de 57 anos, então motorista da prefeitura de Água Boa. O homem contou que conhecia Yara já que teve um relacionamento com a mãe dela no passado.
Ele disse aos policiais que convidou a menina para dormir na casa dele em troca de uma pizza e uma quantia em dinheiro. O motorista buscou a criança na terça-feira de Carnaval, usando um carro da prefeitura.
A investigação apontou que ele enforcou a menina até a morte após ela se opor a investidas dele. O homem declarou que assassinou a garota por medo de ela contar aos parentes sobre o ocorrido. Ao perceber que a jovem estava morta, envolveu o corpo em um lençol e o levou até o local onde foi encontrado dias depois.
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