A Letra de Crédito do Desenvolvimento (LCD), lançada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), promete ser a nova estrela da renda fixa em 2025. Com isenção de Imposto de Renda para pessoas físicas e segurança similar a títulos do Tesouro Direto, esse novo papel começa a chamar a atenção de investidores que buscam alternativas seguras e rentáveis. Mas será que vale a pena?
O que é a LCD do BNDES?
A LCD é um título de renda fixa criado para atrair recursos da iniciativa privada e financiar projetos de infraestrutura, inovação e desenvolvimento no Brasil. Assim como acontece com CDBs, LCIs e LCAs, o investidor empresta dinheiro ao banco emissor — neste caso, o BNDES — e recebe o montante com juros no vencimento.
A principal diferença está no destino do capital: o valor captado pela LCD é direcionado para impulsionar o crescimento do país. Essa medida visa reduzir a dependência do banco em relação ao Tesouro Nacional, ampliando o papel do mercado na promoção do desenvolvimento econômico.
Isenção de Imposto de Renda e rentabilidade líquida
Assim como ocorre com LCIs e LCAs, a LCD é isenta de Imposto de Renda para pessoas físicas. Isso significa que o rendimento que aparece no extrato é exatamente o que vai para o seu bolso. Já para empresas (pessoas jurídicas), há incidência de 15% de IR sobre os lucros.
Apesar de ser uma aplicação recente, a tendência é que as primeiras ofertas tragam rentabilidades competitivas, como forma de atrair o interesse dos investidores.
Tipos de rentabilidade:
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Pós-fixada: atrelada ao CDI, acompanha a taxa básica de juros da economia.
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Pré-fixada: oferece um retorno fixo no momento da aplicação, ideal para quem busca previsibilidade.
Segurança do investimento: risco é baixo?
Sim, a LCD do BNDES é considerada uma aplicação de baixo risco, tanto por ser emitida por um banco 100% estatal quanto por contar com a cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) — proteção de até R$ 250 mil por CPF, por instituição financeira.
Além disso, o BNDES tem reputação sólida no mercado, com histórico de solvência similar ao do próprio governo federal. A comparação com o Tesouro Direto não é exagerada: ao investir em uma LCD, o risco de calote é praticamente nulo, desde que o investidor respeite os limites de proteção do FGC.
Como investir em LCD do BNDES?
Apesar de o BNDES ser o emissor das LCDs, ele não vende diretamente ao investidor pessoa física. A distribuição será feita por corretoras e bancos parceiros, como Inter, BTG, XP, Itaú, Nubank, entre outros.
A Lei que criou a LCD foi sancionada em 2024, e o produto ainda está em fase de estruturação. Por isso, é importante ficar atento às novidades nas plataformas de investimento — quando os papéis começarem a ser ofertados, eles devem ganhar destaque nas vitrines de aplicações.
Ponto de atenção: nem tudo são flores
Embora a LCD tenha vantagens notáveis, como isenção de IR, segurança e potencial de retorno atrativo, é fundamental considerar suas limitações antes de investir:
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Baixa liquidez: geralmente, o dinheiro só pode ser resgatado no vencimento, que será de no mínimo 12 meses e pode ultrapassar esse prazo.
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Produto novo: ainda não há histórico de rentabilidade, liquidez no mercado secundário ou volume significativo de emissões.
Ou seja, não é indicado para reserva de emergência ou objetivos de curto prazo. A LCD é mais adequada para quem busca diversificação de longo prazo em renda fixa.
Comparação com CDB, LCI e LCA
Característica | LCD do BNDES | CDB | LCI/LCA |
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IR para pessoa física | Isento | Até 22,5% | Isento |
Cobertura do FGC | Sim | Sim | Sim |
Liquidez | Baixa | Pode variar | Baixa (geralmente) |
Rendimento | Prefixado ou CDI | Prefixado, CDI ou IPCA | CDI ou IPCA |
Finalidade do capital | Desenvolvimento nacional | Crédito bancário | Crédito imobiliário/agro |
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