O mais recente Relatório Focus, divulgado nesta semana pelo Banco Central, trouxe sinais importantes sobre a trajetória esperada da economia brasileira. Pela primeira vez no ano, os economistas ouvidos na pesquisa semanal reduziram a previsão da taxa básica de juros (Selic) para 2025 de 15% para 14,75%. A nova estimativa surge em meio à chamada “super quarta”, que reúne decisões sobre política monetária nos Estados Unidos e no Brasil.
A expectativa de queda nos juros ocorre mesmo com projeções de inflação ainda pressionadas. Para 2026, por exemplo, a inflação prevista é de 4,5%, ainda distante da meta de 3%. Já para 2028, a estimativa subiu, reforçando a ideia de que o processo de desinflação no país será lento e desafiador.
Segundo a jornalista Thaís Herédia, da CNN, o Banco Central poderá elevar a taxa Selic nesta semana para 14,75% o maior patamar desde 2006. Após esse movimento, o BC deve adotar postura de “flexibilidade e cautela”, deixando a porta aberta para novas elevações ou mesmo iniciando um ciclo de queda até o fim do ano, dependendo do cenário global.
Apesar do alívio pontual, o relatório traz um alerta: a inflação brasileira permanece “dura de cair”, e o ambiente de incerteza continua elevado. Com projeções de juros ainda em dois dígitos até 2028, o desafio da política monetária será equilibrar o combate à inflação sem comprometer o crescimento econômico.
A expectativa do mercado agora gira em torno da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que será anunciada na próxima quarta-feira. O comportamento do Banco Central diante desses números pode indicar se o país seguirá no caminho de queda dos juros ou se novas altas ainda serão necessárias para domar a inflação.
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