EGAF11 entrega rendimentos acima do CDI e reforça segurança com 86% da carteira em cotas

O fundo de investimento em cadeias agroindustriais EGAF11 se destaca no universo dos Fiagros por aliar alta rentabilidade, baixo risco de crédito e previsibilidade na distribuição de dividendos. Com uma carteira concentrada em cotas sênior, o fundo segue 100% adimplente e negocia atualmente com desconto de 8% em relação ao valor patrimonial, o que eleva o potencial de retorno para investidores atentos à renda passiva.

Carteira robusta e conservadora

Com um patrimônio de aproximadamente R$ 310 milhões, o EGAF11 possui 31 operações ativas, sendo 86% delas compostas por cotas sênior — a camada mais segura em estruturas de crédito. As cotas subordinadas, mais arriscadas, não fazem parte da estratégia do fundo, e mesmo as cotas de série única presentes são tratadas com cautela e garantias reais.

O fundo concentra sua atuação em operações de crédito privado atreladas ao CDI, com uma taxa média de CDI + 4,81%, o que já é superior ao rendimento de muitos fundos de papel do mercado. A maior parte dos ativos são vinculados ao agronegócio, com exposição relevante à soja, principal cultura financiada — o que, embora seja comum em Fiagros, exige acompanhamento diante de eventuais riscos climáticos ou regulatórios.

Liquidez e cotação com desconto

As cotas do EGAF11 são negociadas com liquidez média diária de R$ 820 mil, volume considerado aceitável, ainda que abaixo do ideal de R$ 1 milhão para fundos com mais de 10 mil cotistas. Hoje, são cerca de 11.400 investidores. O valor de mercado gira em torno de R$ 91,00, frente a um valor patrimonial de R$ 98,83, o que representa um desconto aproximado de 8%.

Segundo a análise de sensibilidade divulgada no relatório gerencial, esse patamar de preço oferece uma rentabilidade bruta equivalente a CDI + 5,06%, tornando o fundo atrativo para quem busca retorno real acima da inflação e isenção de IR sobre os rendimentos mensais.

Distribuição de dividendos e uso de reservas

Em março de 2025, o EGAF11 distribuiu R$ 1,22 por cota, acima do resultado contábil de R$ 1,14, o que exigiu uso parcial de reservas. A reserva acumulada atual é de R$ 0,42 por cota, suficiente para garantir a manutenção de rendimentos elevados por mais alguns meses, mesmo em caso de variação negativa no desempenho das operações.

A maior parte das operações do fundo possuem pagamentos semestrais, o que impacta o fluxo mensal de receitas. Ainda assim, o fundo tem conseguido manter uma distribuição mensal estável. Para abril e maio, a expectativa é de rendimentos entre R$ 1,20 e R$ 1,30, impulsionados pela Selic ainda em patamares elevados.

Inadimplência zero e garantias sólidas

O EGAF11 mantém inadimplência zero desde o início, fato relevante que reforça a qualidade do crédito da carteira. Além da sênioridade elevada, o fundo conta com alienação fiduciária como garantia em grande parte das operações, o que possibilita a recuperação de crédito em caso de inadimplência via execução contratual.

O principal devedor do fundo é a Goplan, com 9,7% de exposição, seguido pela Nativa, com 8,7%. Nenhuma empresa responde por mais de 10% do portfólio, o que reduz o risco de concentração.

Riscos e pontos de atenção

Apesar da solidez, o EGAF11 não está isento de riscos. O principal ponto de atenção é a concentração setorial na soja, que representa quase 50% da carteira. Embora essa exposição seja comum em Fiagros brasileiros devido à força do setor, variações climáticas, sanitárias ou comerciais podem afetar diretamente a rentabilidade futura.

Além disso, como o fundo opera majoritariamente com pagamentos semestrais, há períodos com menor entrada de receitas, o que pode exigir o uso de reservas para manter a consistência dos rendimentos mensais.

Expectativas para os próximos meses

Com a Selic ainda elevada e a carteira bem posicionada em termos de crédito e garantias, o EGAF11 tende a manter rendimentos elevados no curto prazo. A taxa média da carteira e o colchão de segurança proporcionado pelas cotas sênior reforçam o potencial de resiliência do fundo mesmo diante de uma eventual deterioração do cenário macroeconômico.

A expectativa dos analistas é de que o fundo continue distribuindo valores na faixa atual, até que haja uma queda mais acentuada da taxa básica de juros — o que, segundo projeções, deve ocorrer apenas no segundo semestre de 2025.

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