Uma postagem da Prefeitura de Curitiba tem gerado intensos debates nas redes sociais ao esclarecer que mães de bebês reborn, bonecas hiper-realistas que imitam recém-nascidos, não têm direito à cadeira preferencial no transporte coletivo da cidade. O comunicado foi divulgado nesta quinta-feira, 15, nos perfis oficiais da prefeitura no Instagram e no X (antigo Twitter). No post, a gestão municipal informa:”Prefs Alerta: mães de bebê reborn não têm direito a banco preferencial.””A gente entende o apego, mas os bancos preferenciais são para públicos prioritários:”ObesosCrianças de coloGestantesIdososPessoas com deficiênciaPessoas do espectro autista”Os reborns são fofos, mas não garantem lugar no amarelinho, tá?”Repercussão nas redes: entre apoio e revoltaO post causou ampla repercussão nas redes sociais, com comentários que vão desde o apoio à medida até críticas duras. Um internauta escreveu: “Só pra deixar mais claro”, enquanto outro sugeriu: “Que tal começar falando ‘boneca reborn’ ao invés de ‘bebê reborn’?”. Já um seguidor ironizou: “Parece meme ter que avisar isso”.Por outro lado, houve quem protestasse contra a decisão da prefeitura. Um comentário mais indignado dizia: “Mais uma vez o governo de Curitiba tirando direitos de pessoas que precisam. Hoje são as mães reborns, amanhã pode ser você.”O universo dos bebês reborn e seu impacto culturalApesar de a discussão ter ganhado força recentemente, o universo dos bebês reborn é antigo e bastante consolidado entre colecionadores e artistas. As bonecas são criadas com extremo realismo, imitando bebês de verdade nos mínimos detalhes — do peso ao toque da pele.Influenciadoras como Nane Reborns, referência nacional no segmento, atuam há mais de 20 anos no meio e conquistaram milhares de seguidores com vídeos de cuidados simulados, como alimentação, troca de fraldas e rotinas típicas da maternidade. Esses conteúdos, especialmente no TikTok e Instagram, vêm viralizando e conquistando novos públicos.Homenagens e reconhecimento em outras cidadesA discussão sobre o reconhecimento das mães reborn chegou também ao poder público. No Rio de Janeiro, a Câmara de Vereadores aprovou no último dia 7 de maio o Projeto de Lei nº 1892/2023, que institui o Dia da Cegonha Reborn no calendário oficial da cidade. A proposta, de autoria do vereador Vitor Hugo (MDB), é uma homenagem às artesãs que produzem os bonecos realistas e às mulheres que vivenciam a maternidade simbólica por meio dessas bonecas.Segundo o parlamentar, a ideia surgiu após o pedido de um grupo de mulheres que se sentem emocionalmente ligadas aos reborns. O projeto ainda aguarda sanção ou veto do prefeito Eduardo Paes.
Mães de bebê reborn não terão prioridade no transporte, diz prefeitura
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