Decoração minimalista: entenda como unir estética e funcionalidade

Em meio a uma rotina cada vez mais corrida e a espaços residenciais progressivamente menores, o minimalismo tem ganhado espaço como uma alternativa que alia estética e funcionalidade. O conceito de “menos é mais” deixou de ser apenas uma escolha visual para se tornar também uma resposta prática aos desafios da vida urbana. Ambientes mais organizados, com poucos elementos e escolhas bem pensadas, têm sido a aposta de quem busca praticidade sem abrir mão do conforto.Mas o estilo minimalista não é o único que tem conquistado os lares. Na contramão da simplicidade, há também quem prefira uma decoração mais expressiva, com cores vibrantes e ambientes repletos de personalidade. A escolha entre os dois estilos vai além do gosto pessoal: está ligada à rotina, à relação com o espaço e às sensações que se quer provocar em casa.Na busca por ambientes mais organizados, o minimalismo se destaca por sua proposta de reduzir o excesso e valorizar o essencial. “O minimalismo surgiu para dar sentido e simplificar as coisas. Menos é mais, e o que temos precisa fazer sentido — tanto estético quanto funcional”, explica a arquiteta Deise Silva.Em contraste, o maximalismo aposta no acúmulo intencional de elementos visuais, cores e texturas, para celebrar o excesso como forma de expressão. Apesar das diferenças, ambos os estilos têm em comum a ideia de propósito na composição dos espaços.

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Em projetos minimalistas, a funcionalidade é prioridade — e isso se reflete diretamente na escolha do mobiliário. Móveis com dupla função, como bancos que também servem como baús, camas com gavetões ou mesas retráteis, são peças-chave nesse tipo de decoração. A marcenaria planejada também ganha destaque, pois ajuda a manter o ambiente visualmente leve e bem organizado. Cada item precisa ter um propósito claro, para evita o acúmulo e otimizar o uso dos espaços disponíveisO maximalismo é acolhedor e expressivo, ideal para quem se conecta com o ambiente de forma afetiva e criativa. Ele traz estímulo visual, conforto emocional e uma sensação de pertencimento, especialmente em casas com crianças ou moradores que valorizam memórias e identidade. “É um estilo que abraça a vida real e o cotidiano com alegria — o excesso faz parte de quem a pessoa é”, afirma a arquiteta Helga Cordeiro.

Espaço com design minimalista projetado pela arquiteta de interiores Deise Silva

|  Foto: Arquivo pessoal

Combinando cores, texturas e objetos com significado, esse estilo celebra a autenticidade e permite uma decoração ousada, sem regras rígidas.Diversidade estéticaMais do que um conjunto de elementos vibrantes, o maximalismo favorece a autenticidade e fomenta a diversidade estética. Ambientes repletos de cores, texturas e objetos com significado transformam o lar em uma extensão da personalidade, já que permite combinações livres, ousadas e criativas, sem se prender a regras rígidas de decoração.A escolha entre minimalismo e maximalismo na decoração costuma refletir não apenas preferências estéticas, mas também o estilo de vida de cada morador. O minimalismo tende a atrair pessoas práticas, organizadas, que valorizam ambientes mais neutros, funcionais e fáceis de manter. Já o maximalismo encontra adeptos entre os mais criativos, espontâneos e afetivos — aqueles que gostam de ousar nas cores, misturar estilos e dar significado a cada objeto no ambiente. Em comum, ambos os perfis buscam autenticidade e conforto, ainda que por caminhos visuais opostos. A chave está em reconhecer as próprias necessidades e valores para que o ambiente reflita, com coerência, o modo de viver de seus moradores.*Sob supervisão da editora Cassandra Barteló

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