Copasa (CSMG3) surpreende com lucro 21% maior e pode pagar dividendos robustos em 2025

A Copasa (CSMG3) divulgou um forte desempenho no primeiro trimestre de 2025, registrando um aumento de quase 22% no lucro líquido em comparação ao mesmo período de 2024. A companhia também apresentou margens operacionais elevadas, geração de caixa positiva e alavancagem controlada, o que reforça a atratividade das ações em um cenário de juros ainda elevados.

Resultado financeiro e operacional reforçam tese de investimento

No balanço, o destaque foi o alívio no resultado financeiro, que passou de uma perda de R$ 108 milhões para R$ 21 milhões negativos, com a companhia se beneficiando da redução no custo de capital. A margem líquida chegou a 21%, uma das melhores dos últimos trimestres.

Além disso, o fluxo de caixa operacional voltou ao azul, com R$ 40 milhões no trimestre, e a dívida líquida recuou frente ao final de 2024. Os níveis de reservatórios estão próximos de 90%, indicando segurança operacional e reduzindo riscos hídricos para os próximos trimestres.

Dividendos em 2025: expectativa de recuperação

Apesar da ausência de novos anúncios de dividendos em abril e maio até o momento da gravação do vídeo, a expectativa do mercado é de um pagamento expressivo em junho — possivelmente superior aos R$ 0,34 distribuídos no mesmo mês do ano passado. A estimativa é de R$ 0,60 a R$ 0,70 por ação.

Nos últimos 5 anos, a média de dividend yield líquido foi de 8,49%, com os últimos 12 meses marcando 6,7%. Com base nesses dados, o preço teto estimado para a ação é de R$ 23,70. Negociando ao redor de R$ 21,30, a CSMG3 oferece margem de segurança de cerca de 10%.

Valuation atrativo e espaço para valorização

A Copasa está sendo negociada a cerca de 6,1 vezes lucro (P/L), abaixo do pico histórico de 8 vezes visto em 2020 e 2023. Se o múltiplo voltar a esse patamar, o preço-alvo projetado chega a R$ 27,81. Já o preço justo médio, considerando projeções de analistas e modelos de fluxo de caixa descontado, varia entre R$ 20,90 e R$ 24,30.

O retorno sobre o patrimônio (ROE) gira em torno de 12% e o retorno sobre capital investido (ROIC) está em 17%, reforçando a qualidade da gestão e o potencial de valorização.

Tendência de alta com atenção ao cenário político

A ação acumula alta nos últimos três anos, com valorização de 665% desde 2007. Ainda assim, analistas alertam para o risco político em 2026, dado o perfil de empresa estatal. A recomendação de especialistas é manter aportes mensais, mas reservar parte do capital em renda fixa como proteção até o período eleitoral.

Fundos como Versa e Gênesis estão comprados na ação, enquanto gestoras como Mult Capital adotaram posições vendidas — reflexo das visões divergentes sobre os impactos das eleições.

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