O Ibovespa ultrapassou a marca histórica dos 140 mil pontos, puxado principalmente pela entrada maciça de capital estrangeiro em maio. O fluxo positivo, que já acumula R$ 9,33 bilhões no mês, tem sido o motor da recuperação do mercado após um período de retração.
Banco do Brasil (BBAS3) sofre novo rebaixamento, mas ainda atrai dividend hunters
Apesar do bom histórico de pagamentos, as ações do Banco do Brasil caíram quase 2% após novo rebaixamento pelo BTG Pactual. O relatório intitulado “As coisas ainda podem piorar” reduziu a projeção de lucro para R$ 29,4 bilhões em 2025 – queda de 22% frente a 2024. O preço-alvo também foi ajustado de R$ 34 para R$ 30.
Mesmo com essa revisão, o banco ainda é projetado para distribuir dividendos em torno de 7%, com payout estimado em 40%. Este é o quarto rebaixamento recente sofrido pela instituição, o que reforça a cautela, mas também mantém o atrativo para investidores focados em dividendos.
Banco BMG (BMGB4): alto dividend yield e eficiência crescente
O BMG surpreendeu positivamente com lucro de R$ 115 milhões no 1T25, alta de 16% na comparação anual. O ROE subiu de 9,9% para 12,1% em um ano, e o índice de eficiência operacional caiu de 54% para 48%, o que mostra maior controle de custos.
Destaque para a carteira de crédito consignado, segmento no qual o banco é especializado. A inadimplência caiu de 4,7% para 4,1%, mas o banco aumentou provisões por conta da nova regulação (Resolução 4.966 do CMN), que exige adequação aos padrões internacionais.
A divisão de seguros também se destacou, com lucro de R$ 22 milhões e alta de 50% nos prêmios emitidos. Mesmo com pressão regulatória, o banco se mostrou mais rentável e com dividend yield acima de 10%, mantendo média histórica de 9%.
Banrisul (BRSR6) combina crescimento da carteira e bons dividendos
Com dividend yield estimado em 8%, o Banrisul segue atraente para carteiras previdenciárias. O banco lucrou R$ 241 milhões no trimestre (alta de 30% ano contra ano), mas houve queda em relação ao 4T24 (R$ 280 mi).
A carteira de crédito cresceu fortemente, com destaque para crédito pessoal, cheque especial e cartões. A inadimplência saiu de 2,4% para 2,2%, mostrando resiliência, apesar da pressão regulatória que também afetou a Basileia (queda de 18% para 15,8%).
Nubank mostra robustez, mas crescimento começa a desacelerar
O Nubank encerrou o trimestre com 119 milhões de clientes e lucro recorrente de R$ 606 milhões, crescimento de 37% na base anual. No entanto, pela primeira vez, o banco teve queda trimestral no lucro, caindo 1% em relação ao 4T24. O mercado reagiu negativamente, e as ações recuaram mais de 7%.
A carteira de crédito, ainda muito concentrada em cartões, está em transição para linhas mais seguras, como o crédito com garantia. Fora do Brasil, o foco está no crescimento na Colômbia e no México, com forte avanço em volume de depósitos e base de clientes.
Regulação pressiona, mas dividendos continuam no radar
A nova regulação bancária tem pressionado resultados em praticamente todos os bancos, exigindo maior provisão de crédito e afetando indicadores como Basileia e rentabilidade. Ainda assim, bancos como BMG e Banrisul mantêm distribuições robustas e se mostram mais eficientes.
Já o Banco do Brasil segue como case de valor e dividendos, apesar dos rebaixamentos recentes. Investidores atentos ao preço de entrada podem encontrar boas oportunidades, desde que observem o novo ciclo regulatório e a sustentabilidade dos lucros.
O post BBAS3 em queda e BMG pagando mais de 10%? Panorama atual dos bancos na bolsa apareceu primeiro em O Petróleo.