CSN Mineração (CMIN3) mira novos dividendos com caixa robusto e custo baixo por tonelada

A CSN Mineração (CMIN3) se prepara para uma nova assembleia geral em 16 de abril com uma proposta estratégica que pode agradar os investidores: manter a política de distribuição de dividendos entre 80% e 100% do lucro líquido. Essa decisão reforça o posicionamento da empresa como uma das mais sólidas e eficientes do setor, com potencial de gerar valor mesmo em um cenário econômico desafiador.

Receita dolarizada fortalece caixa da companhia

A empresa atua em um setor cíclico, sensível à economia global, mas se destaca por operar com baixo custo e gerar receitas em dólar. Em 2024, a produção da CSN Mineração ultrapassou 38 milhões de toneladas de minério de ferro — um crescimento de 7% em relação a 2023. Com o preço atual do minério girando em torno de US$ 96 por tonelada e um custo C1 de apenas US$ 21, a margem operacional da companhia se mantém altamente atrativa.

Essa eficiência permitiu que a CSN Mineração alcançasse um caixa de R$ 15 bilhões no fim de 2024 — o maior desde seu IPO. O valor, convertido da receita em dólar, sustenta a robustez financeira e a continuidade da política de dividendos agressiva.

Exportações impulsionadas pela China

Outro fator que pode beneficiar a CSN Mineração em 2025 é o cenário geopolítico e comercial envolvendo os Estados Unidos e a China. Com novas tarifas sendo impostas por Washington, Pequim busca reforçar parcerias comerciais com outros países, e o Brasil surge como alternativa estratégica.

A expectativa é de que a China aumente suas importações de commodities brasileiras, incluindo minério de ferro, o que favorece diretamente a CSN Mineração, uma das líderes nas exportações para o país asiático.

Solidez financeira e baixa alavancagem

Além do caixa elevado, a companhia mantém um perfil financeiro conservador, com alavancagem negativa de -0,79, indicando que não depende de dívidas para financiar suas operações. O ativo total da empresa subiu para R$ 36 bilhões, enquanto o ativo circulante chegou a R$ 17 bilhões — ambos os maiores valores desde 2023.

As contas a receber também cresceram e totalizaram R$ 1,5 bilhão, refletindo a expansão das operações e a consistência nos embarques internacionais.

Proventos: expectativa por novos anúncios em abril e maio

A assembleia marcada para 16 de abril poderá definir os próximos passos na distribuição de dividendos. Embora o anúncio formal ainda não tenha sido feito, é tradição da empresa divulgar proventos em abril e efetuar os pagamentos em maio e no segundo semestre, conforme já ocorreu em anos anteriores.

Desde sua estreia na bolsa, a CSN Mineração já distribuiu cerca de R$ 17 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio (JCP), além de recompras de ações. A manutenção da política de dividendos generosos reforça o apelo da ação CMIN3 para investidores que buscam geração de caixa e retorno consistente.

CMIN3 em Bolsa: volatilidade controlada e resistência técnica

Mesmo com a volatilidade dos mercados globais, a ação CMIN3 demonstrou resiliência. Em abril, o papel oscilou entre a mínima de R$ 5,43 e a máxima recente de R$ 6,40, sendo negociado atualmente por volta de R$ 5,81. No início do ano, a cotação chegou a tocar os R$ 4,64, evidenciando o espaço para recuperação no médio prazo, especialmente com o avanço da política de dividendos e a perspectiva de aumento nas exportações.

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