Banco do Brasil despenca para R$ 23,70; análise aponta preço justo em torno de R$ 33

As ações do Banco do Brasil (BBAS3) fecharam o pregão de 29 de maio a R$ 23,70, acumulando desvalorização superior a 5 % no mês e marcando a mínima dos últimos 12 meses.

Por que o papel caiu?

O recuo ganhou força após a adoção da Resolução 4.966 do Banco Central, que elevou provisões para calotes e reduziu em quase R$ 1 bilhão o lucro do 1T25, frustrando expectativas do mercado e aumentando a volatilidade do ativo.

BTG Pactual corta projeção de lucro

Em relatório recente, o BTG Pactual reduziu em 25 % a estimativa de lucro líquido para 2025, agora em R$ 29,4 bilhões, e reviu o preço-alvo para baixo, citando risco de novos resultados fracos no 2T25.

Qual é o preço justo de BBAS3?

Seguindo a metodologia simplificada de fluxo de caixa descontado apresentada pelo analista Luan (canal Mira Investing), parte-se do lucro projetado de R$ 29 bi e de um retorno exigido de 15 %. O valuation indica valor de mercado de cerca de R$ 193 bi, ou ~R$ 33 por ação — 39 % acima da cotação atual. A margem de segurança, contudo, dependerá do investidor: quem exige 30 % de desconto já enxerga preço atrativo; quem busca 40 % mira algo perto de R$ 20.

Principais premissas do cálculo

Premissa Valor
Lucro líquido projetado (2025) R$ 29 bi
Taxa de desconto (Ke) 15 %
Valor justo estimado R$ 193 bi
Ações em circulação 5,73 bi
Preço justo (aprox.) R$ 33

Comprar agora ou esperar?

  • Dividendos sob revisão – O banco sinalizou payout mínimo de 40 %, mas a incerteza sobre ganhos futuros e possível tributação de dividendos diminui a atratividade do yield.

  • Risco estatal – Como companhia de controle público, o BB está sujeito a mudanças de política que podem afetar rentabilidade.

  • Margem de segurança – Mesmo após a queda, investidores mais conservadores podem aguardar novo recuo para níveis de R$ 20-22 antes de aumentar posição.

A cotação abaixo de R$ 24 devolve o Banco do Brasil ao território de desconto em relação ao valuation de consenso, mas o cenário de lucros revistos, provisões maiores e incerteza regulatória sugere cautela. Para quem aceita volatilidade em troca de potencial upside, BBAS3 pode ser oportunidade; para perfis mais avessos a risco, paciência segue sendo a melhor estratégia.

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