Trama golpista: Moraes marca para 9 de junho o interrogatório de Jair Bolsonaro e outros 7 réus


A Primeira Turma do STF ouviu o último depoimento de testemunhas indicadas pelas defesas dos acusados do chamado núcleo central da tentativa de golpe de Estado. Termina fase de depoimentos das testemunhas indicadas pelos acusados de tentativa de golpe de Estado
No Brasil, a Primeira Turma do STF ouviu o último depoimento de testemunhas indicadas pelas defesas dos acusados do chamado núcleo central da tentativa de golpe de Estado.
A última testemunha foi o senador Rogério Marinho, do PL. Ele era ministro do Desenvolvimento Regional do governo Jair Bolsonaro. Marinho foi indicado pelas defesas de dois réus: o ex-presidente e o general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice na chapa de Bolsonaro.
No depoimento, o senador disse que participou de uma reunião informal com o ex-presidente logo depois do segundo turno das eleições de 2022. Marinho negou que Bolsonaro tenha sinalizado, direta ou indiretamente, a intenção de promover um golpe de Estado e disse que não sabia de qualquer fato que ligasse o ex-presidente aos atos de 8 de janeiro.
“Vi uma preocupação muito grande do presidente que não houvesse excessos, que houvesse civilidade no processo de transição de poder, porque todos nós estávamos extremamente chateados com o processo eleitoral, não esperávamos a derrota. Então é natural. Eu já passei por várias eleições, sei o que é ganhar, o que é perder, e não é fácil uma derrota eleitoral na circunstância que ocorreu, por um placar pequeno. Vi o presidente preocupado que não houvesse, por exemplo, bloqueio de rodovias, que não houvesse impedimento do direito de ir e vir das pessoas”, afirmou o senador Rogério Marinho, do PL-RN.
O senador disse que encontrou Braga Netto no segundo semestre de 2022 em um palanque no Rio Grande do Norte e que o então vice pela chapa de Bolsonaro nunca falou sobre ruptura institucional.
Trama golpista: Moraes marca para 9 de junho o interrogatório de Jair Bolsonaro e outros 7 réus
Jornal Nacional/ Reprodução
Os depoimentos das testemunhas de acusação e de defesa começaram no dia 19 de maio – todos por videoconferência. Foram 12 audiências e 52 pessoas ouvidas: 47 de defesa e cinco de acusação.
Com o fim desta fase, a Primeira Turma do STF vai interrogar os oito réus da ação. É quando Jair Bolsonaro e sete aliados mais próximos estarão frente a frente com o relator, o ministro Alexandre de Moraes. A audiência começa na próxima segunda-feira, dia 9. Por questões processuais, o primeiro a ser ouvido vai ser o delator, tenente-coronel Mauro Cid. Os demais, em ordem alfabética. O ex-presidente será o sexto. Os depoimentos serão presenciais e os réus podem ficar em silêncio.
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