As ações do Banco do Brasil (BBAS3) abriram o pregão desta quinta-feira (5) em forte queda e furaram o piso gráfico de R$ 23, alcançando R$ 22,41 no início da sessão. O movimento aprofunda a correção de mais de 20 % desde o pico de março, após revisões negativas de analistas e fluxo estrangeiro vendedor.
Itaú BBA corta estimativas e pressiona CSN
No mesmo dia, relatório do Itaú BBA reduziu o preço-alvo da Companhia Siderúrgica Nacional (CSNA3) de R$ 12 para R$ 9 e o de CSN Mineração (CMIN3) de R$ 5,50 para R$ 4,80, citando demanda global mais fraca e pressão sobre margens. A decisão ampliou as perdas do setor de siderurgia e mineração, adicionando volatilidade ao Ibovespa.
Minério de ferro recua novamente em Dalian
Os contratos futuros de minério de ferro para setembro na bolsa de Dalian caíram mais 1 %, para 695,5 yuans (cerca de US$ 96,5) por tonelada, refletindo perspectivas de menor consumo de aço na China. A queda pressiona Vale (VALE3) e gera efeito dominó sobre produtoras de aços planos e mineração no Brasil.
Sentimento do mercado migra para “medo”
Indicadores de sentimento mostram que o investidor local se desloca da zona neutra para a de medo, segundo o índice de pânico-otimismo monitorado por gestores. O fluxo estrangeiro foi negativo nos últimos dois pregões, enquanto investidores pessoa física ainda aproveitam os preços mais baixos para aumentar posições, sobretudo em papéis de dividendos — caso clássico do próprio BBAS3.
Agenda e pontos de atenção
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Dividendos – O pregão de hoje não traz datas-com relevantes, mas a temporada de anúncios volta amanhã.
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Commodities – A persistência do minério abaixo de US$ 100 desafia Vale, CSN e Gerdau (GGBR4).
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Petrobras – PETR4 flerta com R$ 29 após declarar interesse em blocos na Costa do Marfim, operação que pode elevar capex e endividamento.
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Suportes – Analistas técnicos monitoram 133 mil pontos no Ibovespa e R$ 21 em BBAS3 como próximas regiões-chave.
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