Secretaria de Comércio Exterior (Secex), aponta que o Brasil exportou mais de 1 milhão de bovinos só em 2024
| Foto: Ricardo Botelho | Minfra
De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o Brasil exportou mais de 1 milhão de bovinos, entre bois, vacas e bezerros, só no ano passado para países como Turquia, Egito e Iraque.Em contrapartida, países como Alemanha, Reino Unido, Índia e Nova Zelândia já aboliram esse tipo de comércio.
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Quebra de normas sanitáriasPara a médica veterinária Vânia Plaza Nunes, diretora técnica do Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, o sofrimento infligido aos animais em longas viagens marítimas é inaceitável“Os bois são embarcados em navios superlotados, onde vivem semanas em meio a fezes, urina, calor extremo e sem ventilação”, relata.“Muitos morrem durante a travessia, outros chegam mutilados. É uma realidade incompatível com qualquer princípio ético ou legal”, ressalta.
Ativistas defendem a promoção de uma pecuária mais sustentável
| Foto: Sistema Faeb Senar / Divulgação
Além dos riscos sanitários, os protestos denunciam ainda os impactos ambientais desse tipo de operação.Segundo pesquisadores, relatórios apontam que cerca de 13% dos animais embarcados testaram positivo para algum tipo de coronavírus à época da pandemia, aumentando o risco de surtos epidêmicos.PL tramita no SenadoAtualmente tramitam no Senado, a PL 2627/2025 de autoria da deputada federal Duda Salabert (PDT/MG), e o PL 3093/2021, do senador Fabiano Contarato (Rede/ES), que proíbe o tráfico de cargas vivas. Com isso, o objetivo do ato nacional foi gerar pressão popular pela aprovação dos projetos.
Deputada federal, Duda Salabert (PDT/MG)
| Foto: Bruno Spada | Agência Câmara
No Senado, a proposta do senador Fabiano Contarato já está em tramitação e conta com uma petição assinada por cerca de 600 mil pessoas. Para os ativistas, os dois projetos são vistos como essenciais para cumprir os princípios constitucionais que vedam a crueldade contra animais.