No Brasil, jogadores de vôlei do Irã sofrem com ataques de Israel

Os jogadores da seleção iraniana de vôlei estão no Rio de Janeiro, para a disputa da Liga das Nações de Vôlei Masculino. Ao mesmo tempo, seus pensamentos estão no Irã, que tem sofrido desde a noite da última quinta-feira, 12 (horário de Brasília), vários bombardeios oriundos de Israel. As informações são do portal UOL.No momento em que os bombardeios começaram, a equipe estava em quadra, vencendo os Estados Unidos por 2 a 0. Mas, ao saberem da notícia, os atletas sentiram o impacto e acabaram sofrendo a virada da seleção norte-americana.

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No segundo set, um amigo da Federação me ligou e disse ‘nós estamos sendo bombardeados, mas não conte aos atletas, por favor. Deixe-os jogar’. Mas foi muito difícil quando um dos jogadores veio até mim e falou: ‘Quando vimos seu rosto, ficamos assustados. O que está acontecendo?’. Contamos o que estava acontecendo, uma notícia muito ruim, e alguns choraram”, relatou Amir Khoshkhabar, gerente da delegação iraniana no Rio.Na saída do jogo, Javad Karimi, um dos principais nomes da seleção iraniana de vôlei, parou e tentou atender a imprensa, mas não conseguiu falar. Com os olhos marejados, pediu desculpas e deixou a zona mista. “Não dá”, disse.

Nossas famílias estão no Irã e as nossas mentes estão com eles

Amir Hossein Esfandiar – Jogador da seleção iraniana de vôlei

Apoio brasileiroMembros da comissão técnica do Irã assistiram ao jogo entre Brasil e Ucrânia, neste sábado, 14, na tribuna da imprensa. Pouco após sentarem, um dos seguranças do estádio chamou o técnico do Irã, o italiano Roberto Piazza, e entregou um guardanapo que havia sido enviado por um torcedor brasileiro.”Estamos rezando pela paz para vocês! Deus abençoe vocês. O Brasil está com o Irã”, dizia a mensagem, escrita em inglês.O bilhete, escrito em um guardanapo, fez com que Piazza, que estava em uma ligação de vídeo, fosse às lágrimas. Os companheiros também se emocionaram e fizeram questão de demonstrar gratidão na direção do autor do recado.

“Foram dias muito duros. É difícil explicar. Todos os jogadores têm conversado muito com familiares e amigos. Alguns tinham pessoas próximas aos locais das explosões. Nós não podemos fazer nada daqui. É devastador quando alguém fala para você que ‘talvez a gente não tenha outra oportunidade de falar ou ver novamente’”

Roberto Piazza – Técnico da seleção iraniana

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