Trump teria rejeitado plano de Israel de matar líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei


Trump teria dito ao primeiro-ministro de Israel que assassinar Khamenei “não é uma boa ideia”, segundo uma autoridade americana. Trump teria dito ao primeiro-ministro de Israel que assassinar Khamenei “não é uma boa ideia”, segundo uma autoridade americana
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, rejeitou um plano de Israel para matar o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, disseram três autoridades americanas à rede americana CBS News.
Trump teria dito ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que assassinar Khamenei “não é uma boa ideia”, segundo uma autoridade. O presidente não comentou publicamente a notícia.
A conversa teria acontecido depois que Israel lançou seu ataque ao Irã na sexta-feira (13/6).
Em entrevista à rede americana Fox News, Netanyahu não confirmou nem negou diretamente uma reportagem da Reuters de que Trump havia vetado um plano para matar o aiatolá.
“Há tantos relatos falsos de conversas que nunca aconteceram e não vou entrar nesse assunto”, disse o premiê israelense.
“Mas posso dizer que acho que fazemos o que precisamos fazer. Faremos o que for preciso e acho que os EUA sabem o que é bom para eles, e não vou entrar nesse assunto.”
Uma autoridade israelense disse à CBS News que, “em princípio”, Israel não “mata líderes políticos; estamos focados em energia nuclear e militar. Não acho que ninguém que tome decisões sobre esses programas deva viver em liberdade e tranquilidade”.
Israel atacou a infraestrutura nuclear iraniana e outros alvos na sexta-feira. Os dois países continuaram a lançar ataques de grande escala um contra o outro desde então. Nesta segunda-feira (16/6), os ataques entraram em seu quarto dia.
Em sua última postagem em sua rede social, a Truth Social, sobre a escalada da situação no Oriente Médio, Trump disse que “o Irã e Israel deveriam fazer um acordo”, acrescentando que faria com que os dois cessassem as hostilidades “assim como fiz com a Índia e o Paquistão” — referindo-se ao recente confronto entre os países.
Falando a repórteres antes de partir para a cúpula do G7 no Canadá, Trump disse que os EUA continuariam a apoiar Israel e se recusou a dizer se havia pedido ao país que interrompesse seus ataques ao Irã.
A próxima rodada de negociações nucleares entre os EUA e o Irã estava inicialmente programada para ocorrer no domingo, mas o mediador, o ministro das Relações Exteriores de Omã, Badr Albusaidi, anunciou um dia antes que elas haviam sido canceladas.
O Irã disse ao Catar e a Omã que não estava aberto a negociar um cessar-fogo enquanto ainda estivesse sob ataque israelense, disse uma autoridade.
Trump disse no sábado que os EUA “não tiveram nada a ver com o ataque ao Irã”.
“Se formos atacados de qualquer maneira pelo Irã, toda a força e poder das Forças Armadas dos EUA recairão sobre vocês em níveis nunca vistos antes”, disse Trump.
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