Caso ferro-velho: testemunhas de acusação são ouvidas em audiência

Após se apresentar à Justiça, depois de desaparecer por cerca de sete meses, o empresário Marcelo Batista Silva foi para a primeira audiência de instrução e julgamento das mortes de seus dois funcionários do ferro-velho, Paulo Daniel Pereira e Matusalém Silva Muniz, das quais ele é apontado como mandante do crime.A sessão aconteceu no Fórum Criminal, em Sussuarana, e durou cerca de 4 horas.Marcelo acompanhou os relatos de cinco testemunhas, entre elas dois parentes de Paulo Daniel e o primo de Matusalém. Todos os ouvidos são testemunhas de acusação.

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Além deste, uma “nova” testemunha considerada chave deverá ser ouvida na próxima audiência que, segundo o comunicado do Tribunal de Justiça da Bahia, “foi designada para o dia 17 de setembro, às 8h30, para ouvir mais testemunhas”, também no Fórum Criminal, em Sussuarana (1º Juízo da 2ª Vara do Tribunal do Júri).HistóricoO caso teve início em novembro do ano passado, quando os dois jovens desapareceram. Antes de sumirem, as vítimas foram acusadas por Marcelo de furto de alumínio. Durante a investigação, o carro de Marcelo Batista foi periciado, e amostras de sangue foram identificadas no veículo.Em dezembro do ano passado, durante uma coletiva, o delegado José Nélis, da 3ª DH, revelou que o ferro-velho era uma espécie de fachada para um esquema de venda de armas de forma ilegal, comandado por Marcelo.Além disso, ele revelou como o crime teria sido cometido: “No domingo já existe uma ação de Marcelo, que nós entendemos já ser uma provável tentativa de homicídio. Ele acredita que um dos funcionários tenha subtraído o material. A seguir, ele surpreende as vítimas, Paulo Daniel e Matusalém, que não têm ligação com essa subtração, que seria por outro funcionário. Então, a partir disso, ele já começa a atuar, mantendo esses funcionários em cárcere privado, depois, provavelmente, evoluindo para a tortura até o duplo homicídio de Matusalém e Paulo Daniel.”

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