O adolescente David Kauan Silva da Costa, 12 anos, morreu atropelado por um trator, na madrugada do domingo, 22, enquanto dormia em um aterro sanitário na Vila Dagmar Mazza, na Zona Sul de Teresina, no Piauí.Segundo a avó dele, Maria Albetiza Silva dos Santos, o menino tinha ido ao local escondido da família, com o objetivo de juntar dinheiro para comprar uma bicicleta motorizada. As informações são do G1.”Ele tinha o sonho de comprar uma bicicleta motorizada, mas a mãe dele não deixava ele ir para o aterro, dizia que ele tinha o sono muito pesado. Ele foi escondido e a mãe dormiu achando que ele tava em casa. Quando acordou já foi com a notícia que ele dormiu, se cobriu com o papelão e aí o trator passou por cima dele”, contou a avó.A avó lembrou ainda que David completaria 13 anos em outubro e era um adolescente muito sonhador. Ele tinha o sonho de ser policial. A mãe do garoto trabalha como catadora no aterro. David morava com a mãe e o padrasto e tinha duas irmãs.”Ele dizia que ia dar uma vida boa para a mãe dele. Já foi até em oficina mecânica procurar serviço. O pessoal dos caminhões do aterro disse que não o aceitava. Mas a mãe dizia que queria ver ele estudando, falava que o aterro não era lugar para criança”, disse dona Maria Albetiza.O corpo de David foi velado na Escola Municipal Lyzandro Tito de Oliveira, unidade onde ele estudava, na tarde do domingo, 22. A família planeja realizar o sepultamento no município de Miguel Alves, a cerca de 110 km de Teresina.
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InvestigaçãoSegundo informações do 22º Batalhão da Polícia Militar (22º BPM), o garoto já estava morto quando a viatura chegou ao aterro sanitário e o motorista do trator não se encontrava mais no local. Maria Albetiza relatou que a empresa que administra o aterro arcou com o custo do caixão do menino.O homem, que ainda não teve a identidade revelada, não havia se apresentado à polícia até a última atualização desta reportagem. A Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI) está investigando o caso.Por meio de nota, a Prefeitura de Teresina afirmou que está prestando assistência à família ao lado da empresa que administra o aterro. O Ministério Público do Trabalho no Piauí (MPT-PI) ressaltou que está atuando para “regularizar a inclusão socioprodutiva dos catadores”.