O Banco Bradesco (BBDC3/BBDC4) chegou a R$ 14,50 na última sessão, impulsionado pelos resultados do primeiro trimestre de 2025 e por um dividend yield de 8%. Com alta acumulada de 37% nos últimos 12 meses, a instituição reforça sua atratividade para investidores de longo prazo, apoiada ainda por programas de recompra de ações e compras de insiders.
Resultado e dividendos robustos no 1T25
No primeiro trimestre de 2025, o Bradesco registrou lucro líquido de R$ 5,8 bilhões, 10% acima do quarto trimestre de 2024 e 40% maior que o mesmo período do ano anterior. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) chegou a 14,4%, avançando em relação aos 13,2% de dezembro e caminhando para o patamar-alvo de 15%.
O conselho de administração aprovou um payout próximo a 61% do lucro, o que deverá resultar em um dividendo total de cerca de 6% ainda neste ano, considerando os pagamentos já realizados e os previstos para setembro e dezembro. Quem comprou ações ordinárias (BBDC3) até o fechamento de 30 de junho garantiu provento líquido de R$ 0,23 por ação; na preferencial (BBDC4), o valor líquido foi de R$ 0,25.
Insiders compram, buyback reforça sinal de “barato”
Entre março e junho, membros do conselho e da diretoria adquiriram volumes de ações superiores às vendas efetuadas por órgãos de fiscalização interna, demonstrando convicção na tese de valorização. Além disso, o banco renovou seu programa de recompra, autorizando a aquisição de até 5% do capital social.
Essas operações sinalizam ao mercado que a gestão considera as ações subvalorizadas, especialmente diante da mínima recente de R$ 12,00 como preço-teto conservador, mas com potencial de elevação para R$ 15,00 caso o ROE supere sistematicamente 15%.
Calendário de proventos para 2025
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Data com: 30 de junho de 2025 (última sessão antes do corte)
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Data ex: 1º de julho de 2025 (cotação ajustada para pagamento)
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Próximos anúncios: setembro e dezembro de 2025
O Bradesco mantém tradição de distribuir dividendos em três trimestres do ano (junho, setembro e dezembro). Após seis meses sem novas declarações, a volatilidade costuma chamar atenção, criando oportunidades de entrada antes da retomada do ciclo de proventos.
Indicadores de valuation e perspectivas de alta
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P/L (Preço/Lucro): 8 anos, indicando prazo de retorno razoável caso o banco mantenha a rentabilidade.
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P/VPA (Preço/Valor Patrimonial): 0,89, sugerindo desconto sobre o patrimônio contábil.
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Dividend Yield: 8% ao ano, atraente em cenário de juros elevados.
Analistas apontam que, mesmo com a cotação em R$ 14,50, o Bradesco pode testar R$ 15,00 no curto prazo, caso o mercado continue a valorizar a combinação de lucro crescente e política de remuneração consistente.
Governança e mudanças na diretoria
Em junho, o vice-presidente executivo pediu renúncia para aposentadoria após mais de 40 anos de casa. A mudança abre espaço para lideranças mais jovens, reforçando o compromisso com inovação e eficiência. A paralisação das bonificações de ações também contribuiu para focar na distribuição de dividendos como principal alavanca de retorno ao acionista.
Com sólida performance no 1T25, dividendos generosos e sinalizações de confiança por meio de recompra de ações e compras internas, o Bradesco se mantém no radar de investidores que buscam renda passiva e potencial de alta. A cotação de R$ 14,50 conjuga desconto patrimonial e rendimento elevado, tornando a ação uma opção atraente antes do próximo ciclo de proventos em setembro.
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