Investidores de longo prazo encontram no setor elétrico da B3 uma combinação rara: empresas resilientes, previsíveis e que pagam bons dividendos a preços atraentes. Entre as favoritas para 2025 estão Taesa (TAEE11), CPFL Energia (CPFE3) e Cemig (CMIG4). As três companhias já anunciaram ou projetaram pagamentos relevantes para os próximos meses, reforçando seu papel como base para uma carteira voltada a renda passiva.
Taesa: previsibilidade e crescimento consistente
A Taesa segue sendo uma das maiores transmissoras de energia do país, com histórico de distribuição de dividendos em torno de 10,5% ao ano, segundo média dos últimos cinco anos. Em 2024, a companhia reportou lucro regulatório de R$ 991 milhões e deve crescer 6,42% em 2025, chegando a R$ 1 bilhão. Projetando um payout entre 90% e 100%, os dividendos podem alcançar entre R$ 2,76 e R$ 3,60 por ação, com preço teto estimado entre R$ 34 e R$ 51 dependendo do yield desejado (6% a 8%).
Além do retorno robusto, a Taesa mantém previsibilidade nos pagamentos, tradicionalmente nos meses de maio, agosto e novembro, falhando apenas uma vez desde 2020.
CPFL: dividendos agressivos e alta resiliência
A CPFL, uma das maiores empresas privadas do setor, atua em geração, transmissão e distribuição de energia, atendendo mais de 10 milhões de clientes. A empresa tem um payout mínimo de 50%, mas já chegou a 100% em anos anteriores. Para 2025, projeta-se um dividendo entre R$ 2,54 e R$ 3,51 por ação, o que resulta em preço teto entre R$ 43,90 e R$ 58,53, dependendo do cenário.
Nos últimos cinco anos, a CPFL apresentou um yield médio impressionante de 9,06%, distribuindo dividendos com previsibilidade em abril e agosto.
Cemig: a joia mineira com maiores margens de segurança
A mineira Cemig impressiona com média histórica de dividendos de 11,5%, além de frequentes bonificações e sólida valorização das ações. Em 2024, a Cemig teve o maior dividend yield do setor elétrico (15,1%) e valorizou cerca de 43,5%. Para 2025, mesmo com um payout mínimo de 50%, a projeção é de R$ 1,31 por ação, com preço teto chegando a R$ 21,91 (6% de yield) ou até R$ 13,15 (10% de yield), com alta margem de segurança.
A empresa costuma pagar dividendos em março, abril, junho, setembro e dezembro, sem falhas recentes, reforçando sua previsibilidade.
Por que elétricas são essenciais para dividendos?
O setor elétrico concentra as melhores pagadoras da bolsa e oferece opções entre geradoras, transmissoras e distribuidoras, possibilitando diversificação interna. Para quem busca viver de renda com dividendos, investir em 3 a 5 empresas do setor, como Taesa, CPFL e Cemig, ajuda a equilibrar previsibilidade, boa remuneração e preços atrativos.
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