João Victor acredita que quem domina a IA ‘dificilmente é substituído’
| Foto: José Simões | Ag. A TARDE
ReconhecimentoO uso da IA não só aumentou sua produtividade, como também teve impacto direto no reconhecimento profissional: a empresa onde trabalha ampliou seu salário, forneceu acesso a plataformas avançadas e fortaleceu sua atuação em projetos maiores.“Com entregas mais rápidas e consistentes, vieram novos contratos, mais confiança no meu trabalho e mais responsabilidade”.Especialista em desenvolvimento de lideranças e CEO da consultoria F.Lead, Roberta Rosenburg destaca que o ponto de partida para quem pretende dominar as novas tecnologias, ou fazer frente às transformações do mercado, é simplesmente “começar a aprender”. “A principal habilidade deve ser estar aberto para aprender, ser curioso. Se conectar com o seu potencial, investir tempo naquilo que a pessoa sabe fazer, faz bem”.Ainda segundo Roberta, começar explorando o ChatGPT é outro passo essencial. “(A plataforma) te abre uma janela de oportunidades para coisas gigantes que existem. Faça perguntas sobre outras IAs, ou uma combinação entre elas”.Embora não exista um dado exato sobre o quantitativo de vagas de IA que surgiram especificamente na Bahia nos últimos três anos, as oportunidades relacionadas à área estão crescendo tanto em capacitação como no mercado de trabalho.Editais como o Programaê e BAH.IA, da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado da Bahia (Secti), têm ampliado a oferta de cursos gratuitos de IA, e investido na formação de pesquisadores e professores da disciplina.De acordo com o co-diretor de Marketing da Associação Brasileira de Recursos Humanos na Bahia (ABRH), Alexandre Ferreira, plataformas gratuitas como do Sebrae, Senai e Sesi também são uma importante fonte de conhecimento para quem procura preparação.“Para quem quer algo mais aprofundado, eu recomendo ferramentas como Google, Microsoft Learn, LinkedIn Learning, Coursera, Udemy, IBM, Stats – muitas dessas plataformas são gratuitas. Acho que a inteligência artificial precisa ser entendida como o uso do algoritmo a favor do ser humano”, pontua.PhD em Análise do Discurso em Situação de Trabalho, a fonoaudióloga Juliana Algodoal ressalta contudo, que, apesar do avanço da inteligência artificial, competências como bom trato no relacionamento e inteligência emocional continuam sendo valorizadas no mundo do trabalho.“IA otimiza tarefas, facilita o dia a dia do profissional, é cada vez mais presente e relevante, mas ela não entrega presença, não gera confiança, não cria conexão, não constrói relacionamento. Humanos, ao se relacionarem, criam vínculos”, salienta Juliana.*Sob a supervisão da editora Cassandra Barteló