Tesouro Selic: o investimento mais seguro do Brasil atrelado ao CDI

Especialista explica por que o Tesouro Selic é a melhor opção para quem busca rentabilidade, segurança e liquidez em tempos de juros

Em um cenário de juros altos, muitos investidores se perguntam: qual é o investimento mais seguro do Brasil que rende 100% do CDI? A resposta direta é: o Tesouro Selic, título público federal negociado pelo Tesouro Direto, ideal para quem busca segurança, liquidez diária e rentabilidade próxima à taxa básica de juros.

O que é o CDI e como ele se relaciona com a Selic?

O CDI (Certificado de Depósito Interbancário) é a taxa usada entre bancos para empréstimos de curtíssimo prazo e anda de mãos dadas com a taxa Selic efetiva. Atualmente, com a Selic em 15% ao ano e efetiva em torno de 14,9%, investimentos que pagam 100% do CDI rendem cerca de 14,9% ao ano — mas esse rendimento muda conforme as decisões do Banco Central.

Por que o Tesouro Selic é mais seguro?

Diferente de CDBs, LCIs ou LCAs emitidos por bancos privados — que têm risco de crédito e dependem do FGC (Fundo Garantidor de Créditos) — o Tesouro Selic é garantido pelo próprio Tesouro Nacional. Isso significa que o investidor empresta diretamente para o Brasil, que tem a capacidade de emitir moeda para honrar os compromissos.

Além disso, oferece:

  • Liquidez diária, com resgates geralmente em D+0 ou D+1.

  • Rentabilidade atrelada à Selic, ou seja, 100% do CDI.

  • Segurança soberana: risco mínimo no mercado brasileiro.

O risco de confiar apenas no CDI

Um erro comum entre investidores é projetar os rendimentos atuais para o longo prazo sem considerar que a Selic (e, consequentemente, o CDI) muda com frequência. O especialista lembra: em ciclos de queda dos juros, a rentabilidade pode despencar de 15% para 10% ou menos ao ano em poucos meses.

Veja no quadro abaixo a evolução do CDI em anos recentes:

Ano Selic Meta (%) CDI Efetivo (%)
Maio/2016 14,25 14,13
Maio/2017 11,25 11,06
Maio/2018 6,50 6,39
Julho/2025 (atual) 15,00 14,90

Fonte: Banco Central

Alternativas para diversificar a carteira

Além do Tesouro Selic, o especialista recomenda incluir títulos prefixados e indexados à inflação (IPCA+), que podem proteger o poder de compra em prazos mais longos e em cenários de queda nos juros.

“Em vez de depender só do CDI, use também opções de renda fixa que asseguram ganhos reais acima da inflação e evitam a redução brusca da rentabilidade,” explica.

Como calcular simulações realistas

Outro alerta importante: nunca projete sua renda futura com base apenas na taxa atual. É fundamental considerar que o CDI oscilará ao longo dos anos e descontar a inflação para calcular o poder de compra real.

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