O BTHF11, fundo híbrido do BTG Pactual, segue chamando a atenção do mercado com uma combinação poderosa: resultado recorrente consistente, pagamento de dividendos elevados e um deságio de mercado que pode representar uma grande oportunidade para investidores atentos. Vamos entender o cenário completo que envolve esse fundo e por que ele tem despertado o interesse de tantos cotistas.
Cotação e deságio: oportunidade à vista?
A cota patrimonial do BTHF11 em março foi registrada em R$ 9,89, enquanto o valor de mercado fechou o mês próximo a R$ 7,48, configurando um deságio superior a 24%. Esse desconto é um dos maiores entre os fundos híbridos (hedge funds) atualmente, o que levanta o sinal de alerta para possíveis assimetrias — e oportunidades.
Cuidado com a interpretação do VP
Vale destacar que parte do patrimônio do fundo está alocado em ativos reais, como imóveis físicos, que são avaliados anualmente. Isso significa que o valor patrimonial pode estar defasado, tanto positivamente quanto negativamente, distorcendo a real magnitude do deságio. Os investidores devem considerar essa característica ao avaliar o fundo.
Composição da carteira: um portfólio bem diversificado
A carteira do BTHF11 é bastante diversificada, o que contribui para sua resiliência e atratividade. Veja a distribuição atual:
- Fundos Imobiliários (FIIs): 56%
- CRI (Certificados de Recebíveis Imobiliários): 19%
- Fundos de Papel: 28%
- Imóveis Físicos (Ativos Reais): 17,7%
- Caixa: 5%
Entre os ativos reais presentes na carteira, destacam-se o Shopping Pátio Maceió e o Z Tower, ambos adquiridos do HSML11.
Indexadores dos CRIs
- IPCA: 31,3%
- CDI: 10%
- IGP-M: Pequena participação
A predominância do IPCA reforça o potencial do fundo em momentos de inflação elevada, protegendo o poder de compra dos rendimentos pagos.
Dividendos: excelente retorno para o cotista
Em março, o BTHF11 distribuiu R$ 0,092 por cota, o que representa um dividendo de aproximadamente 15% ao ano, considerando o preço de mercado. Esse rendimento é impulsionado, em parte, pelo deságio da cota e por ganhos de capital pontuais. Contudo, o resultado recorrente — que exclui eventos não recorrentes — foi de R$ 0,085 por cota, ainda assim considerado muito forte e sustentável.
Liquidez e base de cotistas
A fusão do BTHF com o antigo BCF elevou significativamente sua liquidez, que agora gira em torno de R$ 3,4 milhões por dia. A base de cotistas também é robusta, ultrapassando 320 mil investidores, o que fortalece a governança e o potencial de escala do fundo.
Reformas tributárias no radar
O fundo acompanha de perto as movimentações da reforma tributária, especialmente no que diz respeito à isenção de impostos para FIIs e à possível taxação de dividendos. Até o momento, a sinalização do Congresso é de que os rendimentos oriundos de fundos imobiliários continuarão isentos, mesmo para quem ultrapassa os R$ 5 mil mensais em dividendos. Essa estabilidade regulatória tende a beneficiar o segmento como um todo.
Panorama macroeconômico: cautela, mas com oportunidades
Segundo o relatório do próprio fundo, espera-se uma desaceleração da atividade econômica nos primeiros meses de 2025. Esse cenário pode forçar o governo a injetar mais recursos na economia, o que tende a impactar a inflação e os juros.
Apesar da incerteza, o portfólio diversificado e a gestão ativa do BTHF11 colocam o fundo em uma posição confortável para lidar com diferentes cenários, inclusive com juros elevados.
Por que o BTHF11 é um ativo a ser observado
Com um rendimento recorrente elevado, uma gestão qualificada e um portfólio resiliente, o BTHF11 se posiciona como uma opção interessante para investidores que buscam boas oportunidades no mercado de fundos imobiliários. O forte deságio atual pode representar uma janela estratégica de entrada, desde que o investidor esteja atento às particularidades do fundo e ao cenário econômico.
Para quem deseja um FII com diversificação, resultado consistente e potencial de valorização, o BTHF11 se apresenta como um nome de respeito.
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