A economia da China registrou um crescimento de 5,4% no primeiro trimestre de 2025, de acordo com dados oficiais divulgados pelo Departamento Nacional de Estatísticas. O resultado superou as expectativas do mercado e indica resiliência econômica, mesmo diante das tensões crescentes com os Estados Unidos.
O desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) foi impulsionado principalmente por exportações antecipadas estratégia adotada por empresas chinesas para driblar as novas tarifas americanas e por um forte avanço na produção industrial. Analistas esperavam uma expansão menor, diante da escalada da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.
Guerra comercial: risco crescente
Apesar do bom desempenho nos primeiros três meses do ano, a continuidade do crescimento chinês está em xeque. A intensificação do confronto comercial com os Estados Unidos, que já impõem tarifas de até 145% sobre produtos chineses, é vista como um fator de risco para os próximos trimestres.
Especialistas alertam que, caso o conflito se prolongue ou se agrave, a China pode enfrentar uma desaceleração, especialmente em setores exportadores. No entanto, o governo chinês adota um tom otimista, afirmando que o país está preparado para enfrentar as adversidades externas e manter o ritmo de crescimento.
Exportações como estratégia
Com receio de novas medidas protecionistas por parte dos EUA, muitas empresas chinesas aceleraram as exportações nos primeiros meses de 2025, aproveitando a janela antes da implementação total das tarifas. Essa movimentação gerou um fôlego extra para a balança comercial e fortaleceu a atividade industrial, o que acabou refletindo positivamente nos números do PIB.
Otimismo do governo chinês
Mesmo com os desafios externos, o governo da China reafirma sua confiança no potencial da economia doméstica. A administração tem reforçado medidas de estímulo interno, investimentos em infraestrutura e apoio ao setor produtivo, com o objetivo de mitigar os efeitos da guerra comercial e manter a estabilidade econômica.
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